segunda-feira, 30 de agosto de 2021

A arte de cuidar

O dominador tem uma missão 
Quase uma vocação
Cuidar como uma arte 
Fruto da essência 
Gerando paixão!
E o que seria tal cuidado?
É preocupar-se,
Inquietar-se pela cadela
É um modo de ser, 
A forma como a pessoa se estrutura, 
Se realiza no mundo com os outros
E como aprofunda a relação que estabelece
E assim a fêmea o vê de forma especial
Uma fonte geradora de atos
Que expressam plena preocupação, 
Responsabilidade
E aproximação de vincular com o outro.
Assim cuidar é ato prático, 
É atitude que possibilita a sensibilidade Reconhecendo o outro como pessoa
Porque a cadela não é objeto 
Muito menos uma coisa 
É ser e sujeito.
Jamais o cuidado deve ser cobrado
Requerido 
Não é um sentimento de dever, 
Mas uma resposta de empatia
O reagir a determinada situação. 
E a capacidade de colocar-se na pele do outro
Aproximando-se, quando longe perto
E quando perto dentro  
Num aftercare contínuo:
Antes, durante ou depois da sessão.
É viver uma experiência do valor intrínseco
Tão intenso e profundo
Que une almas
E não de seu valor utilitário. 
Arte de cuidar tem que ter paixão
Pois é a capacidade de se emocionar,
De se envolver e de se comover,
Modo mais genuíno e prático
De expressar afeto, carinho e paixão,
Cuidar é amar! 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Desejo e saudade

O corpo clama
Na distância inflama
Pelo saudade
Um desejo indescritível
Inesgotável
De ter o corpo do Dono
Bem junto de sua fêmea
Para ser aquecida
Devorada
Braços a envolver
Segurança inquestionável!
Fugir, pode até querer
Com tanta liberdade
Porque fazer?
O desejo vem à mente
De seu corpo
Dos beijos de línguas
Entrelaçadas
Beijos insanos
Selvagens e profanos
Entregues ao prazer!
Num sadismo
Vem a mente a excitação
Bem suave te penetro?
Jamais lentamente....
Tem que ser forte
Viril
Intenso
Deslizando sim
Num avanço
Alcanço seu íntimo
Uma eletricidade
Um calafrio de frio?
Não mais....
Um  tesão que aquece
Inflama
Incendeia
E te percorre
Que faz gemer
Sensações alucinantes 
Com uma volúpia intensa
Uivos ecoam
Derramo meu leite
Jato quente
Num gozo pleno
A te olhar
Num saborear
Rostos iluminados
E ao terminar
Incontrolável um sorriso denso
Olhos incendiando
Num desejo de sempre querer mais...

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Passeio

Aos olhos do Dono
A cadela ao caminhar
Seu corpo flutua
Acima do bem e do mal
Formas e ditadura da beleza?
Foram descartados
Pelo servir desmedido
Prazer inaudito!
Em noite de luar
Uma secura no ar
Basta o roçar da  pele
Para a calcinha molhar.
Ao ser retirada
E entregue como uma oferta
Tributo
Ao delirar!
Balançando vagarosamente
A favor de tudo que transcende
Enfatizando a natureza da fêmea
Vai deixando pelo caminho as roupas
E num andar cadenciado
Ateando fogo nas retinas,
Inspira poemas instantâneos
Logicamente profanos
Lançando olhares enfeitiçados
Num gozo sem script
Que vai explodindo em surdina.
A noite rapidamente se vai
O calor na suíte evapora
Os sonhos mais inusitados
E desejos tão doces
Que no bailar dos quadris
A cortina aberta
Janela exposta
Convidando a uma chuva de pálpebras
Para que pudessem rastrear
Os contínuos orgasmos
Exalando sexo ou foda.
O uivo do Lobo
O cheiro da fêmea
Que indiferente ao movimento
Não quer parar
Sumindo por aquela impassível
Zona, que poucos conhecem,
Que diriam que é fábula:
O nirvana de prazer!

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Coleira

Objeto de amor
Não apenas um adorno 
Entregue para toda submissa,
De repulsa para baunilhas
De tal ordem é tão precioso.
Posso dizer-lhes
Um segredo que não posso guardá-lo
Sem a sensação de um roubo:
Ter a submissa de coleira é lindo!
Fazei o que puderdes com esta dádiva
Em servir,
Honrar
Cumplicidade atroz   
Com quem zela pelo bem estar
Cuida
E protege!
Quanto a mim dou graças
Os anos me fizeram valorizar
E pelo que agora sei
A posse de coleira
É prazer tamanho
Alegria sem igual
Um pertencimento descomunal!
E se não entendes
Eu te  perdôo,
Porque uma verdadeira cadela
Ama usar com as marcas de seu Dono
Atitude que eu amo!

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Evaporar

No inverno frio da vida
Somente o calor da paixão
Para trazer efervescência
Libertação
A transpirar o vapor
Os odores do prazer
Que se encontram na clausura dos poros
Encastelados no conservadorismo mórbido
Na prisão da imposição social!
Numa suíte aquecida
Do calor de corpos que se entregam
Sem reservas
Instintos a confabular
Num diálogo perfeito
Sincronia de balé
No show único
Da privacidade e entrega de almas!
Brinquedos
Acessórios
Ordens determinadas
Lingerie
Seriam estes que teriam o poder
De seduzir
Cativar
Conquistar
Dominar
A ponto de no ápice, sussurros
De forma contundente
Quase um grito solitário
Ser dito em bom som:
Adoro ser a sua Cadela!
Me possua meu Senhor
Por favor !

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Desejo

Um desejo sem fim,
Que imaginamos atenuar
E ao longo dos anos domar
Conosco dura a vida inteira
Sem que aplaque tal fogo!
Que possa ser acalmado
Nas palmadas selvagens
Cintadas
E chicote viril
Fazendo ferver o sangue!
Seria um ato violento?
Jamais para àqueles que se dominam
Porque são como beijos de língua
Que se acasalam
Aflorando o libido
Já beijou assim?
O ouvido fecha ao rumor
O retumbante coração se ouve
E a erupção frenética nos toma!
Nesse momento, o tempo para
Em nossa bolha
Repousa a paz
As tormentas se vão
E presas por cordas
Por tecido
É brando calor
Que revolve a larva que no íntimo
Queima e incendeia!
De prazer contido
As vezes imcompreendido
Liberdade em ser que é
Desgustando desse momento mágico
Inesquecível!
Sinto meu peito em teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Mordiscar nos lábios
Ao pescoço impossível resistir
Beijo e mordo tbm
De forma ardente
Delicioso sabor!
As horas passam
Os dias se vão
Esse cruel cronômetro poderia...
Parar
Bugar
Travar
Para esse inesquecível momento!

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Sensações

Que a mão caminhe
Alcançando o pescoço
Até fazer perder o alento
Com uma gravata que inspira
Sentir a frieza da seda
Eclodir a pulsação
Ao extase até onde
Quase não respira.
Que a boca
Entre numa jornada
Errante a peregrinar
Sobre os seios, sugar
Os bicos duros, morder
Impossível o gemido não colher!
Nesse entrelaçar de corpos
Quadril que se encaixa
Serpenteando sobre a cintura
Concessão conivente
Com o néctar a escorrer....
Gritos e gemidos
Interrompem o silêncio e ecoa
Prazer
Exalar o copular
Pensei em parar,
Jamais!
Pode fulminá-la...
Nossos anseios são de morte 
Do moralismo tolo
Da hipocrisia vã
O nosso segredo da cumplicidade
Celebrando a vida   
Em nós é  um jardim de frescor
Oasis
Sem nenhum pudor   
E naquele jogo de espelhos
Dois corpos nus
Obra de arte 
Das mais deliciosas sensações!

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Pressa da Espera

Na sociedade ontem de tudo pode mudar
Basta 20 minutos talvez a esperar
Num relogio global frenético
Ávido por informação
Não tão preocupado com a fidelidade
O encontro da fêmea com seu macho
É pressa na espera
No aguardo da anunciação:
Chegou o dia!
Não será encontro de estranhos
Solidificada foi pela conversação
Avidez só por sexo?
Não não
A entrega dos corpos tem que ser mais
A leitura e liberdade dos instintos
Fundamental!
Virilidade
Selvagem
Uma dose de inesperado
Surpreendente
Uma dose excepcional!
A veneração da fêmea nua
Com seu rosto no chão
Aos pés
Olhando nos olhos do Dono
O início da entrega
Inesquecível,
Mas porque ter pressa?
Quero o florir dos orgasmos intensos
A voracidade, eletricidade a percorrer o corpo
Sádico, cruel, eu?
Um pouco, porque não!

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Corpo com tato!

Como se minhas mãos não fossem duas
Por seu corpo sentir serem inúmeras
Pelas sensações que proliferam
Transformação
E seu corpo o meu universo!
Nos olhos flutuam outras luas
A pele permeia os meus versos
Escritos pelos sons
Das palmadas que deixam a impressão da mão
Do cinto a finalizar a pele
Das mordidas vorazes e selvagens
A inebria a mente
Fazendo da bunda o meu descanso
Dos seios meu delete
Em chupões que anunciam as marcas
O lobo voraz,
Já não mais o lord
Gentil e manso
Dualidade paradoxal
Aqui a Cadela se entrega
E se renderia, entregando a própria vida!
Que se espera, então,
Da fêmea e do macho
Senão o orgasmo profundo
Profano
Corpo com tato
Saciedade mútua sem pensar apenas em si?
Inegável a procuro do acasalar
E entre tuas coxas eu me encaixo
É o orgasmo, gozo, lá gemidos e uivos
O purgatório, inferno e céu
Imortalidade que podemos possuir!

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Curvas perigosas

Num dia frio
Nada como algo para aquecer
Velas de 7 dias para uma bela provocação.
Gotas de velas caem
Vagarosamente
Fazendo o frio da mente
Desaparecer.
Agora há um corpo quente
Acolhendo
Gota em gota
Absorvente
Em dor e calor,
Como quem se delicia
A mente a viajar
Delirar 
Num barco à deriva!
Nesse pequeno filete
Nascente de um rio calmo
Com o volume
Se transforma
Em águas caudalosas de curvas perigosas
Intempestivas
Fazendo de cada gota
Ebulição
Penetrar agora?
Resista o tempo que te apressa
Domine a si e a tenha
Numa outra dimensão!

Sintonia

Céu entra em erupção Sensações explodem somos estrelas cadentes Vivas Vibrações incontroláveis diriam indecentes Sintonia Diriam...