quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Viver é morrer

A distância é doce tortura 
um arranjo de notas
sons 
melodia 
profundamente cruel
porque o corpo tem ânsia
Os sonhos sempre denunciam 
naquela expectativa 
dos instintos 
que alcançam o subconsciente 
Cadela que se prosta
aos olhos do Dono
nua 
ao ouvir os sons 
do coração a palpitar 
da alma já denunciando 
faça-me sua, meu Amo!
Ao levantar os olhos 
olhos de êxtase,
encontro de olhares que queimam
à espera
do tapa na cara 
Um carinho 
da palmada na bunda
um afago
da venda a tomar os olhos 
um fetiche
do metal frio das algemas 
um deleite 
do imobilizador 
indo do pescoço 
e a corrente fria tomando o corpo
prendendo os tornozelos 
de quatro 
a mercê 
Doce êxtase 
fazendo o corpo contrair 
Boca sôfrega,
salivar e imaginar...
Rosa brava
a molhar
E com a língua 
eu te esfolhava
pétala a pétala!
Os seios já denunciam 
seios rígidos,
bicos duros
clamando pelo prendedor 
Tendo como prólogo 
as mordidas a varrer o corpo
gemidos de dor e prazer 
Aquela eletricidade
a cobrir os pelos
Excitação a pingar
enquanto sugava seus seios
e esgotava
como a um cálice!
Ali a morte encontrei
da mesmice 
da falta de intensidade 
E num desabrochar 
Renascimento
Revigorados
Porque viver é morrer 
Corpo te anseia,
Flor de volúpia
ao receber a vara rígida 
não te apagues, sonho! 
Quero morrer, mata-me...
como eu sonhei!

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Exótico

O olhar do erótico 
Ao olhar no espelho
Impossível não ver
Um narciso arder
Estima crescer 
Tentação sublime 
De nas tetas insufladas
Dedilhar 
A convocar um diabo qualquer
O início de uma guerra
Prolongar a os delírios da mente 
Buscando com avidez 
A fusão das memórias 
Lembrando do orgasmo
Ovacionado em ser!
Talvez os julgadores de plantão 
A proferir sentença de condenação 
Por tais desejos acalentar 
Por isso advirto:
Meus erros são meus erros!
Eu os conheço todos 
E os confesso sem culpa
Na pena desta escrita 
Com a tinta delineada 
A ter de pernas abertas 
A imprimir em ritmo lento
E penetro de fodas circulares
Inadequado colher seus ais...
Não, não 
O exótico
Erótico
Do prazer 
Que me prendam os policiais 
Cumprirei a pena
Por tais momentos 
Quase celestiais!

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Trem de luxúria

Um trem fantasma 
Porque no geral
Assusta
Atônitos muitos ficam 
Com dádivosos brinquedos 
Algemas 
Chicote e Chibata
Coleira 
Cordas e correntes 
Mordaça e venda
Consolos e vibradores
Sem palavras?
No trem da luxúria
O que pode te assustar?
Os que não alcançam o ápice
Assusta e deprime 
Imprime um cinzento 
Nos campos de girassol 
Que embeleza a mente 
De libertados e libertários.
Atônitos pela inércia dualista
Paralisante 
De fodendo uma vez
Talvez duas
Depois durma,
Que poda o prazer selvagem
Que não se satisfaz com pouco 
Quer mais e mais do viril
Diriam quase animal
Na fragrância dos feromônios
Seja você 
Ordinária ou requintada
Falante ou tímida
Quando o trem descarrilar 
Misture poesia com palavrões
Grite e pode gemer 
Uivar é meu querer 
Rasgando os lençóis
Locomotiva se prazer 
Nos vagões de um louco prazer!

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

À olhos vistos

A maioria das mulheres se reprimem
Orgasmos contidos
E com poucos gemidos
Senão uma mão vem a boca 
Calando o grito lírico
Ou mordaça se aplica 
Calando a melodia da puta!
Olhos cruéis da fêmea aprisionada,
Quero é colher seu gozo
Semear desejos 
Adubar fartamente sonhos 
Anseios sexuais 
E o resultado é 
Fazer dela uma mulher que goza
Uma fêmea que trepa
De forma inigualável 
Celestial
Sublime
Quase divinal!
Isso a torna perigosa
Aos olhos dos incautos
Seria isso um crime?
Seria imoral
Libertar gemidos 
Delírios 
Gritos
Pela fêmea livre 
Seja cavalgando 
Ou tomada de quatro 
Sendo caçada e na doma
Ser tomada
Desse crime sou culpado 
Eu confesso meu delito.
Mas haveria quadro 
De emoção primitiva
Terrena
Indelével 
Quando perseguida 
Quase ameaçando o esguicho 
De vergonha quase a matá-la!
Nessa exposição
Inútil resistir 
Conter esse vício
Em orgasmos múltiplos
Simultâneos
Fortes 
Onde nenhum outro tempo 
Pode servir de exemplo.
E que venha a ira 
A inveja que contempla 
O riso, rosto iluminado
Do prazer saciado 
Brilhando na face
Brilhante nos olhos 
À olhos vistos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Bocas e Línguas

Nada como lábios carnudos 
Para beijos ávidos,
Porém com criatividade 
Todos são desnudos 
Para a mente
Adentrar a viagens interplanetárias.
Nessa aparência de inocência 
Dando lugar 
A fêmea 
Com lábios de pecadora 
Num beijo quase diabólico 
Se perdendo 
Com as línguas 
Entrelaçadas 
Como lenços de seda 
Ou fortes como cordas
Onde o barco aflora 
Totalmente o mastro
As línguas e bocas na loucura!
Impossível não atiçar os dentes 
O astro e  temido monstro
Que deixa marcas 
Lembranças 
Tendo o sabor do ouro
Ao se contemplar no corpo
Embriagados pelo prazer da vida 
Uma sede
Incontrolável 
Do leite grosso
A doce porra 
Junto a garganta jorrar
Deu para salivar? 
Deter a mente nesse estágio 
Uma tortura atroz
Porque a pele já arrepia 
Uma forma infame de clamar:
Enfia a pica!
Socando forte
A buceta sedenta
Nada reprimida 
Pronta ao nirvana 
Chegar 
Sentindo as pernas 
Uma eletricidade jamais sentida 
Que treme
Ao controle foge e fica
A vibrar....

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Virtual

Seria possível?
E se fosse, como se manifestaria
Como sentir o calor
O gosto
O cheiro
O coração pululante 
Como deixar louca 
Quando o plug introduzido na anca
Rouca de desejos
Gritos e delírios 
Beijos selvagens 
Impróprios
Imorais aos conservadores 
Somente o vôo da criatividade 
Após o real completado 
Porque antes era apenas viajar da mente
Por tempo acalentado
Segregado na alma
Ah se a imaginação não existisse...
Ao se concretizar o ato
Basta fechar os olhos e relembrar 
Pulsação acelerada 
E os dedos, ávidos de desejos
Invadindo a boca,
A vara dura a jorrar 
Na boca 
Engolindo todo leite
Sem perder uma gota,
Com digitais frenéticas 
Explorando a vulva 
Delineando as curvas,
A invadir a flor molhada 
Dedilhando a buceta 
Como num teclado 
O grelo duro denunciando,
Insistentemente explorado
A implorar: invade, me usa!
Poderia existir lençóis virtuais?
Na caçada imoral
Dos corpos vadios 
Ecos surdos 
Dos gemidos dados
Ouvidos ao longe
Dos uivos
Ouvidos de perto 
A conquistar
Libertar
O tesão
Nos beijos, desejos,
Vontades sem fim.
Como que se fosse possível
Matar todas as sedes
Desse nosso sentir,
Vivo a me inquirir:
Sexo ou bdsm Virtual?
Onde?

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Nuances do filósofo

Alguns têm coragem nos prazeres;
Outros, nas dores; 
Alguns, no desejo; outros, nos medos; 
E alguns são covardes 
Sob as mesmas condições.
Omitem e se escondem
Críticos de plantão 
Ácidos  e ávidos por vítimas
Desconhecem a doce sedução 
De dominar e servir.
Mas quando os corpos se encontram 
E abrem-se as portas para rendição
O que mais se deseja é o ápice,
Por isso a posse deseja ter 
No Dono seu porto seguro 
Força e condução, inspiração,
Porque nenhuma direção,  
Condução ou ordem 
Sempre levará muito além 
Ao arrepiar da alma 
Quando se realiza sonhos
Desejos acorrentados 
Numa mútua interação!
As vontades se realizam 
Impossível eletricidade não  invadir  pele,
Tremor percorrer o corpo 
Num coito prolongado 
Sempre inacabado 
A espera de muito mais!
Afirmações seriam que é um prazer violento 
Quando açoitando
E rasgando em dor nas mordidas 
E  apertando os bicos arrebitados 
Duros a convidar
Dentes vorazes a marcar,
Travando assim uma luta,
Buscando não se render a orgasmos 
Nada triviais 
Choro? Talvez 
E o que é acalentado?
É  o prazer que se derrama
Inflama 
Momento sagrado e sublime... 
Nesse momento
O mundo se foi
Envoltos na bolha 
Controle sem nenhuma direção 
Gemidos, gritos, sussurros
Uivos e orgasmos 
Nessa deliciosa perversão......

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Orgasmos de Loucura

Sexo para procriar 
As vezes prazer experimentar 
Diriam os comentários triviais,
Quero algo mais!
Extrair da felina 
De forma selvagem e livre
Orgasmos de prazer 
Adorável
Que faltam palavras 
Ato delicioso
Incansável
Insaciável 
Orgasmos da luxúria! 
Os corpos clamam
Em curvas derrapantes
Maravilhoso deleite
Porque você
Está condenada
Sentenciada a ser a única a ter,
Orgasmos da loucura!
Por ser a culpada
De desejos ardentes
Do Lobo e sua fêmea 
Noite gelada
Inverno na madrugada
Parece verão
Corpo febril
Culpa da paixão
Seu rosto num inocente sorrir
Não pare
Estimulando ir além,
Estou quase atingindo....
Onde pobre mortais apenas sonham
Imaginam 
Conspiram na mente 
E nada tem 
Dizem ser mito 
Mas eu, o Lobo ... eu e sua fêmea 
Sabemos o que é acelerar o coração 
E nessa intensidade 
Ter um ao outro,
Numa loucura de orgasmos de prazer!

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Pertencer


Me encontrei no meu vazio
Minha alma clamava por um dono
E a sua por submissão
Não foi apenas mero capricho
E sim a descoberta de uma nova versão.
Mãos fortes voz altiva
Autoridade aceita
Aceita pelo corpo pela alma
Minha doma assim foi feita!
Me encontrei sob seus olhos
Me despi sob sua dominação
Servir com o corpo
Mais sobre tudo com minha alma.
Está é a entrega que coloco em suas mãos
Falar que sou sua ...
Mostrar que sou sua
Sua por inteiro 
O mais doce pertencer
Pertencer por inteiro 
O real prazer em obedecer
Não sou frágil tão pouco pequena
Sou sua, apenas sua
Sua puta, cadela sua fêmea
Meu prazer é o verdadeiro pertencer!

Contribuição da brat Marguerite

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Sedento

Minha sede, tal um vampiro,
Jamais se sacia, não se extingue
Sedento por seu corpo
Devaneios
Mente devassa  
Reprimida por uma sociedade
Aprisionada em cliches
Que resiste ao que não é  convencional 
Rotulando de imoral.
Minha sede, 
Tal como de um errante 
No deserto pífio 
De cenas prontas e repetidas 
Sem criatividade 
E acordado tendo pesadelos 
Uma dor ao sol do prazer 
E bem querer!
Meu coração negro,
Por desejos aos olhos dos outros 
Reprováveis,
Talvez iníquo,
Porém ao ser vivenciado
Tal vazio pungente se vai
Cores nos tomam
Emoções inimagináveis 
Algo viciante
E num clamor urgente:
Quero mais!
Apenas a fome nos norteia 
E sua sombra me  acalenta
Teu corpo sujo
Por orgasmos intensos e imensos 
Por uivos enlouquecidos me nutre
E a saudade  me castiga
Bebo teus horrores,
E sou devorado
Como a ti devoro
Não encontro um porquê.
Os espelhos dos teus olhos
A miríade intensa 
Quando minha vara rígida te penetra
O calor de sua buceta que se revela
Minha fome premente 
Deseja ser saciada 
Com urgência 
Na alegria de ter a sorte 
Contemplados e premiados
Atraídos por um imã 
Olhos flamejantes
Calor vulcânico 
A consumir a estes famintos!

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Dominante

Ela corre e Ele a persegue,
Ele cativa e Ela tenta resistir
Ela oferece a mente e Ele toma
Se apropria
Caça e caçador flertando!
Brincadeira cativante
A espera do momento:
Mãos largas pegam as madeixas
Os cabelos compridos, como seda
Beijos selvagens
Dedos entre os fios 
Virilidade 
O grito surdo varre o céu
A captura bem sucedida. 
Dois primordiais na terra de ninguém,
Apenas o Lobo e sua fêmea 
Na floresta da luxúria.
Desmoronando as teses moralistas  
Olhos fixos
Nos corpos? 
Jamais!
Olhos penetrando na mente 
Na alma 
A se consumirem na droga do prazer.
O cruzar de olhares 
O lobo marcando território 
Como o início de uma dança 
Silente
Caliente
Um perigoso tango, 
A dança do ventre excitante 
Pulsação galopante 
Onde um teme perder o coração
Para o dominante e o outro, 
A alma para uma extravagância eterna.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Fruto do Devaneio

Teu fruto é  doce
O devaneio intenso 
Degusto,
Chupo
Meus dedos te invadem
Ouvindo seu gemido intenso!
Teu fruto trás amargor
De dor quando o cinto 
Lambe suas curvas 
O chicote percorre suas ancas
E, no recôndito de uma suíte
A bolha que esconde a moita
Abafando os gritos
Do orgasmo louco
Delírio no nirvana 
Que te toma
E quebra barreiras.
Assim, lá fora o vento
Sopra forte 
Aqui dentro 
Minhas mãos te açoitam
Com a boca afoita
Línguas serpentiadas 
Apenas o corpo que grita
Na louca atmosfera do prazer!
Libertinos e libertários 
Que gozam
Se confundem os sons
Do vento a uivar 
Minha fêmea gemer
Clama e exclama:
Fruto do devaneio é ser tua
Te pertencer!

Sintonia

Céu entra em erupção Sensações explodem somos estrelas cadentes Vivas Vibrações incontroláveis diriam indecentes Sintonia Diriam...