quarta-feira, 30 de junho de 2021

Viver

Gozemos a vida
Aproveitando melhor
Do territorio inexplorado
Seria fazendo amor?
Não, mas atingindo o nirvana!
Fundamental é viver
Assumindo quem é
Com personalidade
Libertando instintos
Desprezando o falatório puritano.
Assim a vida se enche de cor
Apego a breve luz da vida,
Um amor ao viver
Com a energia de fazer
Com que a noite não tenha fim.
Durante o dia quero é estar dentro
Beijar mil vezes, mais cem;
Colher seus sabores
Orgasmos como flores
Desfrutar de todos sabores!
Depois, quando tivermos ajuntado
Talvez muitos milhares,
Vamos embaralhá-los
E perdendo-lhes a conta
Para que nenhum invejoso,
Incapaz de contar beijos tantos,
Possa apenas apreciar alegria do olhar
Perceber a mente divagar
Ser corroído pela inveja
De nada ter e muito desejar.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Desejos

Nada como a mente criativa 
De encher de desejos o coração 
Anseios
Do meu corpo junto ao seu,
Vulcão que te aquece
Braços te envolvem com firmeza,
Segurança que te faz desvanecer
Mãos a percorrer sua pele macia,
Que se arrepia!
Línguas provando nossos sabores
Nos beijos selvagens
Meus dentes em sua nuca 
Seus cabelos presos aos meus dedos   
Na sua buceta molhada
Meu membro rijo a gotejar   
Nossos corpos se entregam ao prazer!
O neófito logo iria penetrar, gozar...
Apressados e precipitados 
Nada sabem da descoberta do corpo da fêmea.
Certamente é  o momento de...
Torturar nas palmadas que aquecem o traseiro
No chicote que inflama o libido
Onde o cinto atiça!
Basta olhar que o bico dos seios saltam
A espera do prendedor
Que no frio do aço e correntes
Potencializa o desejo
Quase a implorar
Num grito mudo:
Me faça tua, me possua!
Suavemente te penetro
Bem lentamente
Deslizando avanço toco seu íntimo
Um calafrio de tesão te percorre
Você geme com uma volúpia intensa
Não se sacia com a primeira dose
Orgasmos múltiplos
Quer o pleno!
Derramo meu leite num gozo
Num acelerar intenso e frenético
Um instante a saborear o momento
Rostos iluminados
Insaciáveis e eternizando o tempo!

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Gotas

Ler corpos, olhos e sensações
Um desafio sempre presente
Para um dominador experiente.
Explorar corpos
Para a ter a chave do deleite
As pernas abrir-se
Um delicioso convite!
E num abocanhar de ostras
O membro duro e rijo
A fêmea completamente solta
A se alimentar do néctar
De inigualável sabor e valor
Para a Cadela destemida!
Decifrar diálogos corporais
Que se revelam na pele
Gotas
Orvalho a fazer molhar
Nas entranhas 
Potencializado nos seios:
Os bicos prender com pregadores
Num varal de prazer e dor
Atiçando os instintos
Fazendo molhar e pulsar a fenda!
Assim...
Virar pelo avesso, ser o reverso do poema
Acender uma vela de múltiplas cores,
Gotas a degustar a mama
Bicos que clama
Alcançar o âmago,
Meu desejo, todo prazer!
Lutando contra mim mesmo
Tento sempre deter,
Enquanto puder,
Molhado e úmido
Feito mulher.
Assim as gotas vão tomando forma
Colorindo o seio nu
Uma obra de arte
O calor que na pele lambe
É o principal encarte
Impossível o desfrute do corpo
Não se ter!

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Brat

Perfil envolto a preconceitos
Rotulada de forma vil
Pelos apressados
Incautos
Neófitos na arte de dominar
Para outros é certeza de conflito
Porque jamais ganham no grito
Insensatos
Limitados na arte de cortejar!
Brat se doa com alma
Se entrega com plenitude
Sempre será inesquecível
Inigualável
Pela intensidade e prazer!
Mas não venha com ordens sem sentido
Imposições sem convencimento
Argumentos com eco autoritário
Que a rebelião se revela
Indisciplina em cumprir ordens
Se manifesta contundente!
Nem venha com faça que estou determinando
Ouvidos de mercador que terá
Porque a fêmea brat quer ser tomada pela mente
Pela voz suave e firme
Cativa pela força da inteligência
Amarrada pelo intelecto atraente
Pensamentos criativos.
Porque somente assim
Há de oferecer
Seu corpo como brinquedo de prazer
Orgasmos sem nada deter
Gozo na plenitude do ser!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Entrega

Não ter vergonha
De verbalizar
Fluírem palavrões,
Palavras chulas
Elogio a instigar instintos 
Reprovado por padrões. 
De não conter
As secreções quase a pingar
Odores
Sabores  
Vaginais ou anais.
As mentiras usuais
Que nos fodem sutilmente
Essas são imorais,
Indecentes
Enganadoras
Numa sociedade incrédula
A buscar e inquerindo:
Prazer seria uma fábula?
Geração de vibrador e prazer solitário?  
Ficar na imaginação
É puro engano  
Apenas contos de fadas
Virtual 
Uma matrix surreal.
Os sentidos precisam ser explorados   
No olhar do prazer
E imaginação viajar   
Onde a chapéuzinho é deliciosamente fodida
Cavalga no membro rijo
E a branca de neve devorada 
Como uma deliciosa maçã!
Uma entrega ampla
Inflamada 
Combustível armazenado 
Para a entrega
De alma e de corpos
Por admiração e paixão em ser
Pertencer
Aquele que a cativou!

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Fêmea

Ao logo do tempo
No ápice da maturidade
Surge aquela hora fugaz,
Das cores efêmeras,
Da libertação da fêmea
Seria isso uma blasfêmia?
É aquele seleto instante
Hora de rasgar a castidade,
Roçar a nudez proibida,
Do cair das máscaras.
Assim uma luta interior
Incompreensões
Comentários torpes a essência.
Anseia encontrar o macho
Quando ocorre,
Ela se volta sedenta:
Abrir seu cárcere,
O aprisionamento findou!
E, sem pudor ou temor
Se render
As carícias imaginadas
Torpes,
Obscenas
E nesse momento
Se tornam plenas!
E não me falem da tirania do corpo
De curvas perfeitas
Porque a fêmea quer a segurança
De quem a aprecie
Como um marchand
A cobiçar adquirir a Monalisa
Seduzido aos olhos
Como uma deusa grega!

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Arte Final

Não basta arrombo autoritário
Para que seja reconhecido Dom
Nem a visão machista tola
Que numa expressão se revela:
Faça que estou mandando!
Incautos
O corpo só se dobra fruto de admiração
A alma só se entrega com devoção
Paixão sem igual
Por quem a mente foi seduzida
E cativa levada ao nível excelente!
Alguns diriam que é ...
Um grande amor dos artistas,
Pelas cenas de cada prática
Mas quando sendo metódicas
Se tornam em fel da monotonia.
Assim não se enganem
A criatividade é o mais belo
Que realmente envolve a gente,
Nesse delírio de amantes
Onde o maior é silente:
Um observador que se esmera
Que se aplica a escrever com o corpo
Ler as minúcias 
Enxergar o que ninguém viu
Ouvir a sensibilidade de cada ponto
Trazendo plenitude
Ao que o corpo deseja e sente.
Assim não confunda
Uma coisa é a letra,
E outra o ato,
Quem toma uma por outra
Confunde e mente
E distorce o bdsm, que é arte final!

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Grito

Calunio seu corpo
Ao longo de gestos
Expressões
Interjeições sem medida
Porque os sons,
A palavra exata
Não há como relatar o sexo.
Liberta dos grilhões hipócritas
Dos que em riste apontam
Se escandalizariam quando
Ao ouvido
Soletrando em sussurros:
És minha puta!
Angustiosamente erótica
Sempre disposta
Ao abrir das coxas
Vulnerável seu jardim regado
Molhado
E ao penetrar - te
Engole a vara dura
Com volúpia
O rosto é oferecido a tapas,
Violência?
Puro carinho que ao nirvana já escancara! 
A reafirmar com o corpo
Com os calafrios
Os bicos dos seios endurecidos
A clamar mordidas, sugadas
Voraz,
Prendedor a ornar
Num momento inesquecível
E brota  as palavras de pura inocência:
Toma sua puta!
Gritos são impossíveis conter 
Uivos, incontroláveis
A escorrer ou jorrando 
Queimando o seu ventre!
E pode gritar  
Sem medo de errar 
Que és a minha
Adorável e deliciosa
Puta!

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Tribunal

Os apressados de plantão
Moralistas com o certo do julgar
Tribunal de condenação
Assentados os que encontraram
O prazer voraz
Selvagem
Uma forma de possuir com toda força
Saciar anseios
Desejos
Estar entregue com toda confiança
Àquele que domina!
Algumas palavras seriam de
Ultrajes
Violações verbais
Ao rosto destinado
Beijos e tapas
Violações consensuais
Nada forçadas
Humilhações plenamente consentidas!
Diriam os hipócritas sociais
Que tais coisas são delírio,
Pesadelo,
Somos nosso estranho prazer
Que suscita a dor para satisfazer
Perversão à moral que nos julga,
Preterindo à hipocrisia que nos cerca
A predileção
Peculiaridade que nos excita
Rumo ao indelével deleite!

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Vergonha despida

Tirar a roupa
Sem as algemas da vergonha
Da insegurança do corpo
Um desafio!
De joelhos,
Obstáculo maior ainda,
Sentir o caralho duro
Enchendo de prazer a boca
Deixando-me louca de tesão
Engolindo com sofreguidão...
Virar de costas
Ficar de quatro
E oferecer-me por inteiro
Pedindo sorrateira
A tua entrada no meu traseiro!
Porém prenúncio:
De palmadas viris
Chicote a lamber os quadris,
Chibata só para atiçar,
Cinto para marcar!
E assim
Pronta para ser comida
O abrir de pernas
Irresistível
O membro rijo sacaneando
Sentindo a vagina quente
Cheia de vontade
Molhada
Sensação de puta
Pronta para ser abusada
Penetrada
Tonta de tesão e dor.
Ao sentir as mãos envolventes
Gritando como uma maluca
Acordando os incrédulos
Com o prazer doidivanas,
Que provocas
Quando entro ereto
Com os uivos de enlouquecer!
Diriam que seria uma cena obscena
Ser a tua pequena
Ser a tua tarada
Sempre pronta com a vergonha despida....

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A pausa

O que fazer entre um orgasmo e outro,
Aquela pausa que o corpo apenas silencia
Um intervalo que se abre no corpo?
As perguntas povoam a mente:
Onde estou, quando não estou no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?
Vejo sua sede voraz
Que imperfeita forma de ser é essa?
Saudade que corta
Quando de ti apartado!
Inigualável são os sentidos
Jamais neutra forma o tocar:
Mãos a deslizar, apertar
Os seios, bunda, coxas
E o sopro da vida está na junção de bocas?
Contemplando a cama
Com cordas, chibata e chicote
Devaneios entre plugs e consolos
Olhando a cama
Alcova em ebulição
Onde sons e silêncio
Dor e prazer,
Prazer na dor,
A pausa já se revela 
Convidando com toda pompa e circunstância 
Aquele orgasmo que não vem de um boto,
Mas do calor vulcânico em ser
Do Dono
Cuidado intenso
A posse,
Honra e prazer!

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Sedução e Dor

Nada como aquecer o corpo
Com palmadas nada gentis
O cinto
Como línguas
Que arde
Encanta
Clama
Aflora de maneira insana!
Nada haverá de impedir
Que um chicote
Como de fogo
Brasa incandescente
Deslize sobre esse corpo
Induzindo à jogar esse jogo.
Indefesa por querer
Imobilizada por prazer  
Com uma mordaça a embelezar a boca
Entorpece os sentidos,
Abafa os gemidos
Até provocar o gozo!
Que poder é esse?
Sedução sem fim em sussurros
É  a sensação que sempre deixo,
Quando me abraça?
Não!
Na dor que abrasa
Ao encontro dos olhos
Arrepia a pele,
Em choques térmicos,
Rendição pacífica aos desejos psicodélicos.
O alpha, dominador e Dono
Excita e choca
Com sua ousadia,
Mais sempre mais e mais,
Entregue aos devaneios
Sentindo a mordida torpe
No corpo nu
Nada mais importa.
Abertas estão as portas,
Da dominação total
Porque ali está o Dono, macho viril
E sua posse
Cadela e fêmea de seu canil!

Sintonia

Céu entra em erupção Sensações explodem somos estrelas cadentes Vivas Vibrações incontroláveis diriam indecentes Sintonia Diriam...