sexta-feira, 30 de julho de 2021

Olhar

Os olhos são janelas claras
Não seguem a razão
Entregam a emoção.
Basta a luz de ambos se encontrar
Que logo se desconcerta
Penetrante
Inquietante
O prazer desperta
Deslumbrante!
Já com flash
Seja de 4
Nua
Amarrada
Ou sob algemas
Ter minha femea
Sem nenhuma coberta,
Fascinante!
No fascínio do corpo
Me perco
Não em suas curvas
Mas em cada viela do desejo
Onde o prazer repousa!
Neste silencioso encontro
É pura perdição
Também razão
Da escrita com paixão
Nessa panaceia!
O olhar é diferente
Observa
Contempla
Esperando
A expressão da mútua criatividade
Um clamor silente:
Faça comigo o que desejar
Sei que vou gostar.
Uma renovação nos toma
O mundo se fecha
Apenas a bolha
Linda envolvente
Eterna adolescente
Com os hormônios em ebulição
De beleza incandescente!
Os corpos se entendem
Sensualidade latejando
Nossos corpos desejando.
Inteligência provocante
A libido reclama
Presença fascinante
No calor que se troca
Das e nas entranhas
No chuveiro,
Na cama,
Sofá,
No chão
Só importa saciar o tesão! 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mordidas da paixão!

Alguns diriam que quem faz é insano
Quem recebe e aprecia as marcas
Um profano
Não entendem o que é morder.
As marcas do caninos são troféus 
Olhar do desejo a ser possuída
A dor jamais esquecida 
Quando o dente as vezes rasga,
Fazendo os seios na boca crescer!
O bico da teta endurecida
Imponente
Para outros indecente
Convidando
Apetitoso
Num sugar, morder, marcar e cortar
Na cena tosca do Marques de Sade!
Todos os ambientes são apropriados
Um sofá sempre a convidar
No banho aquele bulinar  
Não há muros ou entremuros,
Apenas o que se vê é a fêmea
Agora se faz cadela,
Se deixando morder
Hipnotizada pela serpente do desejo
Ansiando a ferida em seu desvario
Da mordida na nuca a oferecer!
Com o passar dos dias
Os caninos se vão
Roxos se manifestam
Marcas da paixão devassa
Vergonha?
Não não ....

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Maratona de Prazer

Alguns privam orgasmos
Querem exercer controle e poder
Eu vou na contra - mão.
Como louros na fronte do vencedor
Quero os colher
Apreciar a sequência intensa
Numa maratona de prazer!
Aberta a disputa
Uma competição contra pudores
Observo as reações do corpo
Ao ser sugado
Inesperados orgasmos
Quando estou junto a garganta
Se insinua o sêmen
Enchendo a boca
Saciando a sede voraz
Que se ressente de qualquer sentido
No deleite a degustar
Até a última gota!
Tal maratona com certo toque de repulsa
Para algumas
Néctar para outras
Com uma gravata a apertar o pescoço
Um olhar sádico
Ou seria sábio
Quem poderá dizer, quem o saberá?
Para ampliar o calor do momento
Tapa na cara é carinho
Puxão nos cabelos é golpe fatal
Uma bela pitada
Um toque inesperado
Com sabor avassalador nos instintos.
Na imobilização consentida
Palmadas,
Chibata,
Chicote,
Cinto,
Cordas inúmeras vezes dobras
Tonalizar a bunda e quadril
Trazendo ondas no útero
Num tsunami febril!
Agora é esperar o momento final
Por todos obstáculos vencidos
Na doce espera do esperma
A suplicar, como vencida:
- Me fode, por favor!
Como nos movimentos do ginasta
Na fricção rítmica
Nada formal
Entre as mucosas rubras
Do pênis, da vulva,
Irresistivel os dedos não irem ao anal
Um pódio
Sem igual!

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Arquitetura da lascívia

Na arquitetura
Estruturas são formadas
Conceitos trabalhados
Cálculos construídos
Inovando sempre
Tentativa de enaltecer cores e matizes
Que encha os olhos de quem vê
De espanto e alegria.
Na arquitetura da lascívia
No rosto se começa
Tapas que a maioria condenaria
Um carinho
Que minha Cadela e puta
A deliciar!
Os lábios em beijos selvagens e loucos
A repousar uma mordaça
Gemidos a silenciar
Para ninguém do prédio acordar.
Num alicerce de confiança
Vendar os olhos é ato de entrega
Pilares de uma dominação
Ao mesmo tempo faz acelerar
Os batimentos como num rock
Pulsar a buceta
Já incitando na escadaria
Que leva o nirvana!
Assim com tamanha
Sincronia,
Convergência de prazer
Sentir em suas ancas
Com as marcas das palmadas
Os fios, asperos e duros dos pentelhos
É a expectativa de sentir o calor
Do mastro duro e liso.
Aprisionada por querer
Admirando o prazer
Quando o caralho pulsando
Quase numa perda da razão,
Certamente coisa de sem juízo
Orgasmos e gozo se unem
Atônitos numa mútua contemplação!

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Liturgia

Liturgia

Numa sociedade líquida
As virtudes se tornaram secundárias
Os valores dispensáveis
Forjando uma ditadura de princípios sociais
Multidão cega no raciocinar!
Em bdsm a liturgia inflexível
Uma contradição ao grito de liberdade
Na contração da anarquia
De viver o que aprecia
Que libertinos assumem por querer.
Meus olhos estão na filosofia
Uma libertação dos grilhões
Da imposição de outros
Da descoberta de que fiz de mim mesmo:
Sou dominador!
Não me venha com imposições
Regras sem sentido
Violações da minha essência
Contínua revolução
Ao qual estou sempre a brindar
Com uma taça de vinho:
Prazer e liberdade, saúde!
Não me diga que uma liturgia rígida
Quase militar
É o que há de dirigir
Porque no máximo vai nortear
Porque meu GPS está na rota da saciedade
Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!
Sei que a sociedade não dará ouvidos a nossa voz
Outros hão de me criticar
Meus olhos porém sempre hão de repousar
Em princípios e virtudes semeadas
Nutridas pela água limpa da inspiração
Com raízes intensas na mente e coração
De mãos dadas
Com o cuidado
Recebendo a merecida devoção
Não imposta ou requerida
Espontaneidade como a luz da vida
Reciprocidade inimaginável
De quem faz dos amantes uma entrega sem reservas.
Os jogos mentais,
Necessários para alguns
Prejudiciais para muitos,
Sejam no xadrez da cama
Onde orgasmo seja o xeque-mate
Onde a Rainha é posse do Rei
Num golpe fatal e irresistível!
E aos apressados e neófitos
Que imaginam que rasguei o SSC
Algo que jamais faria,
Mas tenha certeza
Que o RACK nao tem nada a devastar
O certo porém é:
Que a luz da evolução sempre há de pairar
Sobre os sábios que a si mesmos querem aperfeiçoar,
Que não se contentam com o raso
Cliches ou chavões
Se baseando no ouvir falar!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Instintos

Tê-la como minha fêmea
É o que manda meu instinto de macho
A razão acha esta idéia chula
Estranha na ditadura moral
Mas o que importa é o que eu acho.
Por isso
Acasalar contigo
Te aquecer no frio inverno
Deixando as gotas de velas percorrer seus seios
O néctar grosso em sua boca
Num inflamar
Infame
Onde meu desejo por ti espera
Possuir-te numa chama infernal.
Sob o controle dos instintos
Possuir-te por trás ou pela frente
Em pé, na parede ou deitados na cama
No banho, no sofá
Criatividade tamanha
Que loucuras passam em minha mente
Quando penso em acender sua chama!
Na órbita dos instintos não há trivialidade
Não me venha com cenas prontas
Porém uma tela sempre nova a colorir:  
Lingerie é para atiçar
Pitada de pimenta,
Os brinquedos espalhados pela suíte
Para inflamar a criatividade,
Fazer ferver onde o mesmo nunca é
O novo sempre se tem!
Neste território devasso
Não há convenções
A liberdade prevalece
Arrepios inacreditáveis
Êxtase incontáveis
Orgasmos inesquecíveis
Gozo viciante
Instintos puros e selvagens,
Sempre delirantes!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Negacionistas

Muitas querem ter
Mas não tem coragem de se expor
Outros querem fazer
Mas qual reputação vou ter?
Anseiam orgasmos e gozo em igual
Na cama?
Na vida
Sem tesão para construir no viver!  
Negacionistas porque até imaginam
Palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas,
Porque assim se excitam.
Negacionistas
Rubor cobre o rosto
Somente ao imaginar
O gozo do prazer na lascívia
Flash na alma 
Indo além, buscando...
Aquele outro momento mais intenso
E te repito: por que haverias
Deixaria o brilho de Mercúrio me ler?
Interpretar o querer minha alma na cama?
Aquele desejo descomunal?
Negacionistas que rejeitam a tudo
A não ser a si mesmos,
Pensar como o meu
A cobiçar e criticar
Porque não sou eu!
Folgo com aqueles que vivem o que apreciam
Degusta até a última gota
O prazer sem convenções
Jubila-te na memória os coitos,
Para aqueles que não alcançaram
Fica a dica:
Tenta com o novo, de novo!

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Ponto de vista

Eu não tenho vergonha
De assumir meus desejos e prazeres
De dizer palavrões,
Usual chamar na cama impropérios:
Puta
Piranha
Vadia
Vagabunda
São elogios surreais!
Eu não tenho vergonha
De encher a fêmea de secreções
Preenchimento podem ser vaginais
E porque não também anais?
As mentiras usuais
Cinismo torpe
Que nos fodem sutilmente
Essas sim são imorais,
Essas sim são indecentes
Prisões mentais
Grilhões assim, jamais!
Hipócrita que não respeita
A visão do outro
Mas na mente as prática
Que acha que pode  modular o olhar
Fazendo assim a todos usarem   
Antolhos sociais!
Quero viver
Na cumplicidade e privacidade
O que sou: Dominador
Alpha
Algumas me chamariam de senhor!
Certamente sou reprovável a maioria dos mortais
E isso importa em quê?
Viver nessa opressão é prisão
Quase escravidão de outro ser  
Horrível como uma cartilha de caligrafia
Que tenta mudar os traços de quem sou,
Algo que incendiei!
Alguns diriam que sou anarquista 
Sexual subversivo
Rótulo que até ostentaria
Com orgulho de não ser de forma alguma:
O ridículo previsível,
Asfixiado por padrões tolos  
Algemado pelo pudor
Porque plenitude de liberdade
É meu ponto de vista
Respeito pela essência do meu ser!

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Submissa

Perfil o mais apreciado por dominantes
Num olhar feminista é repugnante
Desprezo sem igual, porque?
Se ajoelhar,
Beijar pés e mãos
Seria coisa de sem noção.
Desconhecem o prazer de pertencer
Alegria da devoção e reverência
Seria isso carência ou estupidez?
Nada além do prazer
Reconhecimento do cuidar
Do zelo do Dono,
Satisfação em demonstrar que tem coragem
Em pensar mais nele que em si!
No dicionário dela
Ela esquece da sua alma
Porque a outro confiou
Seus instintos nas mãos dele entregou
Se fazendo cadela
Sua puta, brinquedo de prazer!
Certamente alcança sentido assim
E a felicidade nas ondas de mar bravio repousar
As práticas quer atender
Para as almas se tornarem comunicáveis:
Por um olhar,
Combustão plena no tocar,
Erupção total no tonalizar da pele
Vendo seu corpo em sintonia
Numa compreensão sem palavras
Alcançando o nirvana, enfim!
Por isso o prazer em dizer:
Grata senhor por entender quem é!
Sim senhor flui,
Sem receio
No rochedo da segurança
Em ser quem é!
Assim a entrega sem reservas
No oceano da depravação
É música,
Turnê em constante avant-première
Frenesi e frio na barriga
A espera da cristalina devassidão!

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Intróito

Contemplo agora o leito vazio
Apenas as cordas para uma doce lembrança
Ficou o odor
Dos líquidos de ambos
E prevalece
Trescalando aroma em nós!
Flashes me fazem relembrar
Do teu corpo,
Repleto de mordidas
Suas ancas com um plug a embelezar
Um consolo em sua fenda
Doação sem restrição
Onde se dás ou se me tomas
No leite grosso a fluir em sua boca!
E recolhendo em mim,
As lembranças vamos colhendo,
Quase moendo
E o que de ti me vais doando.
Eu muito te agradeço
Ao te pegar
Ofegante, às vezes,
Aquele instante intenso:
Do gelo a percorrer seus seios
Extasiado ao contemplá-lo
Bicos duros a meus dentes convidar
Chupao que vai marcar
A pele e na alma!
Os atalhos em ti já encontrei
Este teu corpo que com fúria eu possuo
Corpo que eu mais desejava
Quanto mais o via
Liberto
Confiança total
Em revelar quem é:
A minha Cadela e puta!
Agora que o enigma foi decifrado
Dono de seus desejos e íntimo
Agora eu te diria
o que não soubeste
e nunca o saberias apontar:
Qual instante a entrega se consumou?
Seria possível analisar?
Porque quando teu corpo
Mais se entregava
Se excedendo na paixão e liberta da razão
Se excedendo em se mostrar
Com devoção,
Afeto absorvente
Cumplicidade premente
Difícil ou quase impossível não desejar
O tempo, será que poderíamos parar?
Na ausência e distância
Intróito
Silêncio jamais,
Na distância próximos
E quando juntos dentro um do outro.
Valor inestimável sempre será
Preço a ser pago
Em que ambos se envolveram
De múltiplas formas se entregaram,
Tanto paixão que queima
Agora dilacera alma
Porque os corpos se inscreveram
Um no outro, no viver em si!

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Switcher

 Seria uma bipolaridade?
Liberdade em excesso 
Diriam outros 
Mas a verdade é que bdsm
É liberdade.
Sem julgamentos 
Cada qual vivencia o prazer 
Na sua ótica 
Nos instintos interiores!
Um perfil com jogos de poder 
Realidade total 
Cumplicidade?
Ainda maior 
Respeito às diferenças 
Sem igual
Ser switcher pode ser vendaval:
De conflitos,
Emoções,
Sensações,
Os dois lados do chicote 
É algo para poucos 
Conjunção plena 
Dos que apreciam 
Dominar e servir
Tolerância ampla
De quem tem o poder 
Dominante 
Confiança oferecida 
Para a outro dominar 
Uma paixão 
Sem confusão de quem é 
Intensidade a desfrutar!

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Divergências

Em nossas brigas não voam objetos,
Nem há agressões corporais:
Mas o verbo é a flecha que nos perfura
Mesmo nos tempos e modos da censura.
Trocamos o costumeiro
Do pensar sacana
Por verborrágica insana
Violenta
Intransigente!
E, se alguém se sente em desvantagem,
Apela pra figuras de linguagem,
Composições de poder
Autoritarismo sem nexo
Misturando metáforas, pleonasmos,
Sem nenhuma batalha
Apenas imposição:
O Dono manda
A submissa baixa o olhar
Não há luta de titãs.
Seria isso o correto?
Saudável não é
Para onde foi arte de cuidar?
Proteger
E o respeitar sem ofender?
No amanhecer da vida
Meus olhos repousam na leveza
Porque ao nascer do sol
Até que já sem fala, de manhã,
Mais sedentos que famintos, como taças
Nos bebemos um ao outro, extasiados
De repente sem palavras, embrigados,
Pele leveza e maturidade
Nos lambemos em nossa cama de batalha,
Onde desejos e tesões explodem atômicos
Em delírios guturais, gozando afônicos.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Rima sedutora


Os medos
Se perdem
Nas delícias
De tua gruta.
Os meus dedos
Tecem seus cabelos
Nas carícias
Puxando de forma selvagem
E envolvendo teus receios.
Meu desejo firme
Como rocha
Espada rija
Ansiando invadir
Tua gruta.
E ainda por cima
A minha língua
Degusta o néctar a sorver
Orgasmos?
Ainda não,  muito a ter.....

Sintonia

Céu entra em erupção Sensações explodem somos estrelas cadentes Vivas Vibrações incontroláveis diriam indecentes Sintonia Diriam...