sexta-feira, 9 de julho de 2021

Intróito

Contemplo agora o leito vazio
Apenas as cordas para uma doce lembrança
Ficou o odor
Dos líquidos de ambos
E prevalece
Trescalando aroma em nós!
Flashes me fazem relembrar
Do teu corpo,
Repleto de mordidas
Suas ancas com um plug a embelezar
Um consolo em sua fenda
Doação sem restrição
Onde se dás ou se me tomas
No leite grosso a fluir em sua boca!
E recolhendo em mim,
As lembranças vamos colhendo,
Quase moendo
E o que de ti me vais doando.
Eu muito te agradeço
Ao te pegar
Ofegante, às vezes,
Aquele instante intenso:
Do gelo a percorrer seus seios
Extasiado ao contemplá-lo
Bicos duros a meus dentes convidar
Chupao que vai marcar
A pele e na alma!
Os atalhos em ti já encontrei
Este teu corpo que com fúria eu possuo
Corpo que eu mais desejava
Quanto mais o via
Liberto
Confiança total
Em revelar quem é:
A minha Cadela e puta!
Agora que o enigma foi decifrado
Dono de seus desejos e íntimo
Agora eu te diria
o que não soubeste
e nunca o saberias apontar:
Qual instante a entrega se consumou?
Seria possível analisar?
Porque quando teu corpo
Mais se entregava
Se excedendo na paixão e liberta da razão
Se excedendo em se mostrar
Com devoção,
Afeto absorvente
Cumplicidade premente
Difícil ou quase impossível não desejar
O tempo, será que poderíamos parar?
Na ausência e distância
Intróito
Silêncio jamais,
Na distância próximos
E quando juntos dentro um do outro.
Valor inestimável sempre será
Preço a ser pago
Em que ambos se envolveram
De múltiplas formas se entregaram,
Tanto paixão que queima
Agora dilacera alma
Porque os corpos se inscreveram
Um no outro, no viver em si!

2 comentários:

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