segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Sedento

Minha sede, tal um vampiro,
Jamais se sacia, não se extingue
Sedento por seu corpo
Devaneios
Mente devassa  
Reprimida por uma sociedade
Aprisionada em cliches
Que resiste ao que não é  convencional 
Rotulando de imoral.
Minha sede, 
Tal como de um errante 
No deserto pífio 
De cenas prontas e repetidas 
Sem criatividade 
E acordado tendo pesadelos 
Uma dor ao sol do prazer 
E bem querer!
Meu coração negro,
Por desejos aos olhos dos outros 
Reprováveis,
Talvez iníquo,
Porém ao ser vivenciado
Tal vazio pungente se vai
Cores nos tomam
Emoções inimagináveis 
Algo viciante
E num clamor urgente:
Quero mais!
Apenas a fome nos norteia 
E sua sombra me  acalenta
Teu corpo sujo
Por orgasmos intensos e imensos 
Por uivos enlouquecidos me nutre
E a saudade  me castiga
Bebo teus horrores,
E sou devorado
Como a ti devoro
Não encontro um porquê.
Os espelhos dos teus olhos
A miríade intensa 
Quando minha vara rígida te penetra
O calor de sua buceta que se revela
Minha fome premente 
Deseja ser saciada 
Com urgência 
Na alegria de ter a sorte 
Contemplados e premiados
Atraídos por um imã 
Olhos flamejantes
Calor vulcânico 
A consumir a estes famintos!

2 comentários:

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