terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Memórias

Memórias  

Ao som da água viajo
mente vai longe 
Indo ao teu encontro
em minhas lembranças....
Continua dentro, 
ou melhor, nunca saiu
Ao molhar da água
lembro do som da sua voz 
me dizendo baixinho:
- Minha Cadela!
Da sua boca na minha
sua língua num magnetismo
percorrendo meu corpo
Memórias 
Momentos surreais
das mordidas acelerando 
palpitações e suspiros
batimento cardíaco a explodir!
Amarrada a cama
o plug com pedra enterrado
frio metal que assanha,
som do chicote a cortar 
Num inflamar 
cinto a lamber as ancas 
quanto prazer!
Inevitável os gemidos 
por vezes gritos
Que deliciosas memórias
fechando os olhos ou abertos 
ainda posso sentir,
seu cheiro e gosto 
minha boca se enche d'água 
ao lembrar do gosto do leite 
Grosso e volumoso
Jorrando 
enchendo a boca
enlouquecendo, 
louco desejo insaciável,
a chuva dourada a banhar
quente pelo corpo ardente!
Como ainda sou tua
mesmo longe 
Como ainda te pertenço
mesmo não estando nua 
a sua mercê!
Seu cinto marcou minha pele
sua dominação foi mais longe:
marcou minha alma!
A coleira não está mais visível,
mas ainda carrego o peso dela
alegria indelével em servir 
ser usada e abusada
A honra em ser só tua!
Me toco na esperança de aliviar 
a saudade, 
Belas memórias
o corpo treme
Minhas mãos rápidas
movimentos incessantes
Tocam, exploram
Um gemido alto
Mais uma vez tentei,
gozei, gemi, 
nada adianta 
só faz a falta aumentar 
e o desejo gritar!
Ainda te espero
Tua vadia
de pernas abertas 
Puta que te sacia 
de quatro para te saciar 
Cadela com a boca aberta 
para até a última gota 
De seu leite degustar 
Tua submissa
sempre pronta a te saciar!

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