quarta-feira, 3 de março de 2021

Sem resistir


Ao toque 
A procura de suas mãos
Busca sem pudor 
A consumação da loucura
Transformando nós dois, uno.
Nada foi comum
Tudo foi vital
Selvagem, porque não?
Fora da normalidade morta social
Iníquo deleite contido no ato.
Inevitável foi o tato
 e meus seios foram teus
Sua boca me fazendo delirar
Sentindo sua gula:
Língua nas entranhas
Colhendo meu orvalho
Delicioso contorcer 
Gemidos a te oferecer! 
Vendada seria uma entrega as cegas
Mas como é doce o tatear-me 
Sem falsear 
Conduzida pra sentir-te pleno
Pulsando dentro de mim
A seu leite jorrar!

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