sexta-feira, 9 de abril de 2021

Nossos corpos


Quando os corpos se encontram
Numa sincronia 
Quase uma sinfonia,
Eles se cruzam e descruzam
Como serpentes cálidas
Se enroscam e se apertam
Atarracham num crescendo
Num desejo entonteante
Quase mortal 
E sem limite.

Desnudos nossos corpos 
Anseiam o oásis 
Dos gemidos delirantes
Das  percussões arrítmicas
Batimentos cardíacos descontrolados 
Respirações ofegantes
Empastadas em suor
Antevendo o êxtase
E ao torpor.

Não há palavras 
Ou discurso,
Eloquência,
Convencimento 
Porque corpos cativos 
Se rendem ao erótico
Não resiste à mudez
Da nudez tumultuosamente
Sinfônica
No arrebatador prazer 
Onde só cabe a expressão:
Bravo! - um aplauso a liberdade do foder.

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