sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Terremoto da luxúria

Segue clamor  
retumbante  
inquietante do teu corpo. 
Ele sabe as tuas necessidades 
Atende quando ele  
Grita e suplica: 
Liberdade! 
Observe teu corpo;  
ele sabe do que precisa  
sabe os atalhos  
da fome como num deserto,  
do cio 
desejando o oásis,  
da sede de água cristalina. 
Humilde perante o corpo sábio,  
pois o corpo te conduz 
e não se contente com pouco  
adube  raízes  profundas, 
que te precipite ao nirvana! 
O corpo da fêmea  
mulher feita  
instintos desvendados  
À espera do sêmen  
Do macho que a libertou  
Da gaiola de convenções  
cálice a degustar  
lentamente  
inflamável  
Vulcânica conjunção  
carnal e mortal  
Dádiva perene! 
Na alcova do prazer  
não há príncipes  
fadas  
Demiurgos 
Céu estrelado 
é permanente  
Lua cheia 
frequente  
Colhendo os uivos 
os gemidos  
os sussurros 
e gritos  
Cio saciado 
sêmen semeado  
na boca 
Em sua fenda  
na pétala de seu ânus
eu montarei teu corpo 
Encaixe perfeito de corpos  
e sairemos a galope,  
rostos ao vento, 
corpos a bailar  
Insanos  
Terremoto da luxúria!

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