sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Ouve, minha fêmea

Ouve e treme
Quando mordidas repousam
sobre sua pele, sua nuca
Esperava que eu beijasse?
Numa cena monótona 
Repetida e sem sal
Quero as matizes de cores vivas
Pegada forte 
Caninos a marcar
Minha fêmea desfalece
numa tortura atroz
a florescer  
na ânsia de novamente viver!
Se eu beijasse a tua boca
Um selinho
porque os críticos não toleraria
nos ver unindo as línguas 
os corpos 
Incríveis devassos 
Onde a saliva é mel?
As mãos perdem o juízo 
Aperta 
Agarra
Querendo entrar dentro
O arrepio
o brilho do céu!
Os olhos dos que nos rodeiam
Flechas de acusações
Por isso tenta se afastar 
Intimidade e privacidade 
Onde posso puxar seus cabelos 
firme e forte 
Severo e sem dó 
Aqui ninguém teme
Somos o que somos 
E abro um sorriso desdenhoso;
Porque a carne do assasssino
É como a do virtuoso.
No açoitar de sussurros 
Ouve, minha fêmea 
Respiração quente 
Eletricidade eminente 
Sem perder um segundo
Numa atitude elegante,
Misterioso, gentil,
Toma o corpo 
Doando a alma
No copular senil
Inverossímil
Dono e sua posse
Onde se doam plenamente 
o corpo em desvario 
colhendo orgasmos quase febril!

3 comentários:

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