quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Viver é morrer

A distância é doce tortura 
um arranjo de notas
sons 
melodia 
profundamente cruel
porque o corpo tem ânsia
Os sonhos sempre denunciam 
naquela expectativa 
dos instintos 
que alcançam o subconsciente 
Cadela que se prosta
aos olhos do Dono
nua 
ao ouvir os sons 
do coração a palpitar 
da alma já denunciando 
faça-me sua, meu Amo!
Ao levantar os olhos 
olhos de êxtase,
encontro de olhares que queimam
à espera
do tapa na cara 
Um carinho 
da palmada na bunda
um afago
da venda a tomar os olhos 
um fetiche
do metal frio das algemas 
um deleite 
do imobilizador 
indo do pescoço 
e a corrente fria tomando o corpo
prendendo os tornozelos 
de quatro 
a mercê 
Doce êxtase 
fazendo o corpo contrair 
Boca sôfrega,
salivar e imaginar...
Rosa brava
a molhar
E com a língua 
eu te esfolhava
pétala a pétala!
Os seios já denunciam 
seios rígidos,
bicos duros
clamando pelo prendedor 
Tendo como prólogo 
as mordidas a varrer o corpo
gemidos de dor e prazer 
Aquela eletricidade
a cobrir os pelos
Excitação a pingar
enquanto sugava seus seios
e esgotava
como a um cálice!
Ali a morte encontrei
da mesmice 
da falta de intensidade 
E num desabrochar 
Renascimento
Revigorados
Porque viver é morrer 
Corpo te anseia,
Flor de volúpia
ao receber a vara rígida 
não te apagues, sonho! 
Quero morrer, mata-me...
como eu sonhei!

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Exótico

O olhar do erótico 
Ao olhar no espelho
Impossível não ver
Um narciso arder
Estima crescer 
Tentação sublime 
De nas tetas insufladas
Dedilhar 
A convocar um diabo qualquer
O início de uma guerra
Prolongar a os delírios da mente 
Buscando com avidez 
A fusão das memórias 
Lembrando do orgasmo
Ovacionado em ser!
Talvez os julgadores de plantão 
A proferir sentença de condenação 
Por tais desejos acalentar 
Por isso advirto:
Meus erros são meus erros!
Eu os conheço todos 
E os confesso sem culpa
Na pena desta escrita 
Com a tinta delineada 
A ter de pernas abertas 
A imprimir em ritmo lento
E penetro de fodas circulares
Inadequado colher seus ais...
Não, não 
O exótico
Erótico
Do prazer 
Que me prendam os policiais 
Cumprirei a pena
Por tais momentos 
Quase celestiais!

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Trem de luxúria

Um trem fantasma 
Porque no geral
Assusta
Atônitos muitos ficam 
Com dádivosos brinquedos 
Algemas 
Chicote e Chibata
Coleira 
Cordas e correntes 
Mordaça e venda
Consolos e vibradores
Sem palavras?
No trem da luxúria
O que pode te assustar?
Os que não alcançam o ápice
Assusta e deprime 
Imprime um cinzento 
Nos campos de girassol 
Que embeleza a mente 
De libertados e libertários.
Atônitos pela inércia dualista
Paralisante 
De fodendo uma vez
Talvez duas
Depois durma,
Que poda o prazer selvagem
Que não se satisfaz com pouco 
Quer mais e mais do viril
Diriam quase animal
Na fragrância dos feromônios
Seja você 
Ordinária ou requintada
Falante ou tímida
Quando o trem descarrilar 
Misture poesia com palavrões
Grite e pode gemer 
Uivar é meu querer 
Rasgando os lençóis
Locomotiva se prazer 
Nos vagões de um louco prazer!

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

À olhos vistos

A maioria das mulheres se reprimem
Orgasmos contidos
E com poucos gemidos
Senão uma mão vem a boca 
Calando o grito lírico
Ou mordaça se aplica 
Calando a melodia da puta!
Olhos cruéis da fêmea aprisionada,
Quero é colher seu gozo
Semear desejos 
Adubar fartamente sonhos 
Anseios sexuais 
E o resultado é 
Fazer dela uma mulher que goza
Uma fêmea que trepa
De forma inigualável 
Celestial
Sublime
Quase divinal!
Isso a torna perigosa
Aos olhos dos incautos
Seria isso um crime?
Seria imoral
Libertar gemidos 
Delírios 
Gritos
Pela fêmea livre 
Seja cavalgando 
Ou tomada de quatro 
Sendo caçada e na doma
Ser tomada
Desse crime sou culpado 
Eu confesso meu delito.
Mas haveria quadro 
De emoção primitiva
Terrena
Indelével 
Quando perseguida 
Quase ameaçando o esguicho 
De vergonha quase a matá-la!
Nessa exposição
Inútil resistir 
Conter esse vício
Em orgasmos múltiplos
Simultâneos
Fortes 
Onde nenhum outro tempo 
Pode servir de exemplo.
E que venha a ira 
A inveja que contempla 
O riso, rosto iluminado
Do prazer saciado 
Brilhando na face
Brilhante nos olhos 
À olhos vistos!

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Bocas e Línguas

Nada como lábios carnudos 
Para beijos ávidos,
Porém com criatividade 
Todos são desnudos 
Para a mente
Adentrar a viagens interplanetárias.
Nessa aparência de inocência 
Dando lugar 
A fêmea 
Com lábios de pecadora 
Num beijo quase diabólico 
Se perdendo 
Com as línguas 
Entrelaçadas 
Como lenços de seda 
Ou fortes como cordas
Onde o barco aflora 
Totalmente o mastro
As línguas e bocas na loucura!
Impossível não atiçar os dentes 
O astro e  temido monstro
Que deixa marcas 
Lembranças 
Tendo o sabor do ouro
Ao se contemplar no corpo
Embriagados pelo prazer da vida 
Uma sede
Incontrolável 
Do leite grosso
A doce porra 
Junto a garganta jorrar
Deu para salivar? 
Deter a mente nesse estágio 
Uma tortura atroz
Porque a pele já arrepia 
Uma forma infame de clamar:
Enfia a pica!
Socando forte
A buceta sedenta
Nada reprimida 
Pronta ao nirvana 
Chegar 
Sentindo as pernas 
Uma eletricidade jamais sentida 
Que treme
Ao controle foge e fica
A vibrar....

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Virtual

Seria possível?
E se fosse, como se manifestaria
Como sentir o calor
O gosto
O cheiro
O coração pululante 
Como deixar louca 
Quando o plug introduzido na anca
Rouca de desejos
Gritos e delírios 
Beijos selvagens 
Impróprios
Imorais aos conservadores 
Somente o vôo da criatividade 
Após o real completado 
Porque antes era apenas viajar da mente
Por tempo acalentado
Segregado na alma
Ah se a imaginação não existisse...
Ao se concretizar o ato
Basta fechar os olhos e relembrar 
Pulsação acelerada 
E os dedos, ávidos de desejos
Invadindo a boca,
A vara dura a jorrar 
Na boca 
Engolindo todo leite
Sem perder uma gota,
Com digitais frenéticas 
Explorando a vulva 
Delineando as curvas,
A invadir a flor molhada 
Dedilhando a buceta 
Como num teclado 
O grelo duro denunciando,
Insistentemente explorado
A implorar: invade, me usa!
Poderia existir lençóis virtuais?
Na caçada imoral
Dos corpos vadios 
Ecos surdos 
Dos gemidos dados
Ouvidos ao longe
Dos uivos
Ouvidos de perto 
A conquistar
Libertar
O tesão
Nos beijos, desejos,
Vontades sem fim.
Como que se fosse possível
Matar todas as sedes
Desse nosso sentir,
Vivo a me inquirir:
Sexo ou bdsm Virtual?
Onde?

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Nuances do filósofo

Alguns têm coragem nos prazeres;
Outros, nas dores; 
Alguns, no desejo; outros, nos medos; 
E alguns são covardes 
Sob as mesmas condições.
Omitem e se escondem
Críticos de plantão 
Ácidos  e ávidos por vítimas
Desconhecem a doce sedução 
De dominar e servir.
Mas quando os corpos se encontram 
E abrem-se as portas para rendição
O que mais se deseja é o ápice,
Por isso a posse deseja ter 
No Dono seu porto seguro 
Força e condução, inspiração,
Porque nenhuma direção,  
Condução ou ordem 
Sempre levará muito além 
Ao arrepiar da alma 
Quando se realiza sonhos
Desejos acorrentados 
Numa mútua interação!
As vontades se realizam 
Impossível eletricidade não  invadir  pele,
Tremor percorrer o corpo 
Num coito prolongado 
Sempre inacabado 
A espera de muito mais!
Afirmações seriam que é um prazer violento 
Quando açoitando
E rasgando em dor nas mordidas 
E  apertando os bicos arrebitados 
Duros a convidar
Dentes vorazes a marcar,
Travando assim uma luta,
Buscando não se render a orgasmos 
Nada triviais 
Choro? Talvez 
E o que é acalentado?
É  o prazer que se derrama
Inflama 
Momento sagrado e sublime... 
Nesse momento
O mundo se foi
Envoltos na bolha 
Controle sem nenhuma direção 
Gemidos, gritos, sussurros
Uivos e orgasmos 
Nessa deliciosa perversão......

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Orgasmos de Loucura

Sexo para procriar 
As vezes prazer experimentar 
Diriam os comentários triviais,
Quero algo mais!
Extrair da felina 
De forma selvagem e livre
Orgasmos de prazer 
Adorável
Que faltam palavras 
Ato delicioso
Incansável
Insaciável 
Orgasmos da luxúria! 
Os corpos clamam
Em curvas derrapantes
Maravilhoso deleite
Porque você
Está condenada
Sentenciada a ser a única a ter,
Orgasmos da loucura!
Por ser a culpada
De desejos ardentes
Do Lobo e sua fêmea 
Noite gelada
Inverno na madrugada
Parece verão
Corpo febril
Culpa da paixão
Seu rosto num inocente sorrir
Não pare
Estimulando ir além,
Estou quase atingindo....
Onde pobre mortais apenas sonham
Imaginam 
Conspiram na mente 
E nada tem 
Dizem ser mito 
Mas eu, o Lobo ... eu e sua fêmea 
Sabemos o que é acelerar o coração 
E nessa intensidade 
Ter um ao outro,
Numa loucura de orgasmos de prazer!

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Pertencer


Me encontrei no meu vazio
Minha alma clamava por um dono
E a sua por submissão
Não foi apenas mero capricho
E sim a descoberta de uma nova versão.
Mãos fortes voz altiva
Autoridade aceita
Aceita pelo corpo pela alma
Minha doma assim foi feita!
Me encontrei sob seus olhos
Me despi sob sua dominação
Servir com o corpo
Mais sobre tudo com minha alma.
Está é a entrega que coloco em suas mãos
Falar que sou sua ...
Mostrar que sou sua
Sua por inteiro 
O mais doce pertencer
Pertencer por inteiro 
O real prazer em obedecer
Não sou frágil tão pouco pequena
Sou sua, apenas sua
Sua puta, cadela sua fêmea
Meu prazer é o verdadeiro pertencer!

Contribuição da brat Marguerite

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Sedento

Minha sede, tal um vampiro,
Jamais se sacia, não se extingue
Sedento por seu corpo
Devaneios
Mente devassa  
Reprimida por uma sociedade
Aprisionada em cliches
Que resiste ao que não é  convencional 
Rotulando de imoral.
Minha sede, 
Tal como de um errante 
No deserto pífio 
De cenas prontas e repetidas 
Sem criatividade 
E acordado tendo pesadelos 
Uma dor ao sol do prazer 
E bem querer!
Meu coração negro,
Por desejos aos olhos dos outros 
Reprováveis,
Talvez iníquo,
Porém ao ser vivenciado
Tal vazio pungente se vai
Cores nos tomam
Emoções inimagináveis 
Algo viciante
E num clamor urgente:
Quero mais!
Apenas a fome nos norteia 
E sua sombra me  acalenta
Teu corpo sujo
Por orgasmos intensos e imensos 
Por uivos enlouquecidos me nutre
E a saudade  me castiga
Bebo teus horrores,
E sou devorado
Como a ti devoro
Não encontro um porquê.
Os espelhos dos teus olhos
A miríade intensa 
Quando minha vara rígida te penetra
O calor de sua buceta que se revela
Minha fome premente 
Deseja ser saciada 
Com urgência 
Na alegria de ter a sorte 
Contemplados e premiados
Atraídos por um imã 
Olhos flamejantes
Calor vulcânico 
A consumir a estes famintos!

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Dominante

Ela corre e Ele a persegue,
Ele cativa e Ela tenta resistir
Ela oferece a mente e Ele toma
Se apropria
Caça e caçador flertando!
Brincadeira cativante
A espera do momento:
Mãos largas pegam as madeixas
Os cabelos compridos, como seda
Beijos selvagens
Dedos entre os fios 
Virilidade 
O grito surdo varre o céu
A captura bem sucedida. 
Dois primordiais na terra de ninguém,
Apenas o Lobo e sua fêmea 
Na floresta da luxúria.
Desmoronando as teses moralistas  
Olhos fixos
Nos corpos? 
Jamais!
Olhos penetrando na mente 
Na alma 
A se consumirem na droga do prazer.
O cruzar de olhares 
O lobo marcando território 
Como o início de uma dança 
Silente
Caliente
Um perigoso tango, 
A dança do ventre excitante 
Pulsação galopante 
Onde um teme perder o coração
Para o dominante e o outro, 
A alma para uma extravagância eterna.

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Fruto do Devaneio

Teu fruto é  doce
O devaneio intenso 
Degusto,
Chupo
Meus dedos te invadem
Ouvindo seu gemido intenso!
Teu fruto trás amargor
De dor quando o cinto 
Lambe suas curvas 
O chicote percorre suas ancas
E, no recôndito de uma suíte
A bolha que esconde a moita
Abafando os gritos
Do orgasmo louco
Delírio no nirvana 
Que te toma
E quebra barreiras.
Assim, lá fora o vento
Sopra forte 
Aqui dentro 
Minhas mãos te açoitam
Com a boca afoita
Línguas serpentiadas 
Apenas o corpo que grita
Na louca atmosfera do prazer!
Libertinos e libertários 
Que gozam
Se confundem os sons
Do vento a uivar 
Minha fêmea gemer
Clama e exclama:
Fruto do devaneio é ser tua
Te pertencer!

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

A arte de cuidar

O dominador tem uma missão 
Quase uma vocação
Cuidar como uma arte 
Fruto da essência 
Gerando paixão!
E o que seria tal cuidado?
É preocupar-se,
Inquietar-se pela cadela
É um modo de ser, 
A forma como a pessoa se estrutura, 
Se realiza no mundo com os outros
E como aprofunda a relação que estabelece
E assim a fêmea o vê de forma especial
Uma fonte geradora de atos
Que expressam plena preocupação, 
Responsabilidade
E aproximação de vincular com o outro.
Assim cuidar é ato prático, 
É atitude que possibilita a sensibilidade Reconhecendo o outro como pessoa
Porque a cadela não é objeto 
Muito menos uma coisa 
É ser e sujeito.
Jamais o cuidado deve ser cobrado
Requerido 
Não é um sentimento de dever, 
Mas uma resposta de empatia
O reagir a determinada situação. 
E a capacidade de colocar-se na pele do outro
Aproximando-se, quando longe perto
E quando perto dentro  
Num aftercare contínuo:
Antes, durante ou depois da sessão.
É viver uma experiência do valor intrínseco
Tão intenso e profundo
Que une almas
E não de seu valor utilitário. 
Arte de cuidar tem que ter paixão
Pois é a capacidade de se emocionar,
De se envolver e de se comover,
Modo mais genuíno e prático
De expressar afeto, carinho e paixão,
Cuidar é amar! 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Desejo e saudade

O corpo clama
Na distância inflama
Pelo saudade
Um desejo indescritível
Inesgotável
De ter o corpo do Dono
Bem junto de sua fêmea
Para ser aquecida
Devorada
Braços a envolver
Segurança inquestionável!
Fugir, pode até querer
Com tanta liberdade
Porque fazer?
O desejo vem à mente
De seu corpo
Dos beijos de línguas
Entrelaçadas
Beijos insanos
Selvagens e profanos
Entregues ao prazer!
Num sadismo
Vem a mente a excitação
Bem suave te penetro?
Jamais lentamente....
Tem que ser forte
Viril
Intenso
Deslizando sim
Num avanço
Alcanço seu íntimo
Uma eletricidade
Um calafrio de frio?
Não mais....
Um  tesão que aquece
Inflama
Incendeia
E te percorre
Que faz gemer
Sensações alucinantes 
Com uma volúpia intensa
Uivos ecoam
Derramo meu leite
Jato quente
Num gozo pleno
A te olhar
Num saborear
Rostos iluminados
E ao terminar
Incontrolável um sorriso denso
Olhos incendiando
Num desejo de sempre querer mais...

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Passeio

Aos olhos do Dono
A cadela ao caminhar
Seu corpo flutua
Acima do bem e do mal
Formas e ditadura da beleza?
Foram descartados
Pelo servir desmedido
Prazer inaudito!
Em noite de luar
Uma secura no ar
Basta o roçar da  pele
Para a calcinha molhar.
Ao ser retirada
E entregue como uma oferta
Tributo
Ao delirar!
Balançando vagarosamente
A favor de tudo que transcende
Enfatizando a natureza da fêmea
Vai deixando pelo caminho as roupas
E num andar cadenciado
Ateando fogo nas retinas,
Inspira poemas instantâneos
Logicamente profanos
Lançando olhares enfeitiçados
Num gozo sem script
Que vai explodindo em surdina.
A noite rapidamente se vai
O calor na suíte evapora
Os sonhos mais inusitados
E desejos tão doces
Que no bailar dos quadris
A cortina aberta
Janela exposta
Convidando a uma chuva de pálpebras
Para que pudessem rastrear
Os contínuos orgasmos
Exalando sexo ou foda.
O uivo do Lobo
O cheiro da fêmea
Que indiferente ao movimento
Não quer parar
Sumindo por aquela impassível
Zona, que poucos conhecem,
Que diriam que é fábula:
O nirvana de prazer!

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Coleira

Objeto de amor
Não apenas um adorno 
Entregue para toda submissa,
De repulsa para baunilhas
De tal ordem é tão precioso.
Posso dizer-lhes
Um segredo que não posso guardá-lo
Sem a sensação de um roubo:
Ter a submissa de coleira é lindo!
Fazei o que puderdes com esta dádiva
Em servir,
Honrar
Cumplicidade atroz   
Com quem zela pelo bem estar
Cuida
E protege!
Quanto a mim dou graças
Os anos me fizeram valorizar
E pelo que agora sei
A posse de coleira
É prazer tamanho
Alegria sem igual
Um pertencimento descomunal!
E se não entendes
Eu te  perdôo,
Porque uma verdadeira cadela
Ama usar com as marcas de seu Dono
Atitude que eu amo!

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Evaporar

No inverno frio da vida
Somente o calor da paixão
Para trazer efervescência
Libertação
A transpirar o vapor
Os odores do prazer
Que se encontram na clausura dos poros
Encastelados no conservadorismo mórbido
Na prisão da imposição social!
Numa suíte aquecida
Do calor de corpos que se entregam
Sem reservas
Instintos a confabular
Num diálogo perfeito
Sincronia de balé
No show único
Da privacidade e entrega de almas!
Brinquedos
Acessórios
Ordens determinadas
Lingerie
Seriam estes que teriam o poder
De seduzir
Cativar
Conquistar
Dominar
A ponto de no ápice, sussurros
De forma contundente
Quase um grito solitário
Ser dito em bom som:
Adoro ser a sua Cadela!
Me possua meu Senhor
Por favor !

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Desejo

Um desejo sem fim,
Que imaginamos atenuar
E ao longo dos anos domar
Conosco dura a vida inteira
Sem que aplaque tal fogo!
Que possa ser acalmado
Nas palmadas selvagens
Cintadas
E chicote viril
Fazendo ferver o sangue!
Seria um ato violento?
Jamais para àqueles que se dominam
Porque são como beijos de língua
Que se acasalam
Aflorando o libido
Já beijou assim?
O ouvido fecha ao rumor
O retumbante coração se ouve
E a erupção frenética nos toma!
Nesse momento, o tempo para
Em nossa bolha
Repousa a paz
As tormentas se vão
E presas por cordas
Por tecido
É brando calor
Que revolve a larva que no íntimo
Queima e incendeia!
De prazer contido
As vezes imcompreendido
Liberdade em ser que é
Desgustando desse momento mágico
Inesquecível!
Sinto meu peito em teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Mordiscar nos lábios
Ao pescoço impossível resistir
Beijo e mordo tbm
De forma ardente
Delicioso sabor!
As horas passam
Os dias se vão
Esse cruel cronômetro poderia...
Parar
Bugar
Travar
Para esse inesquecível momento!

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Sensações

Que a mão caminhe
Alcançando o pescoço
Até fazer perder o alento
Com uma gravata que inspira
Sentir a frieza da seda
Eclodir a pulsação
Ao extase até onde
Quase não respira.
Que a boca
Entre numa jornada
Errante a peregrinar
Sobre os seios, sugar
Os bicos duros, morder
Impossível o gemido não colher!
Nesse entrelaçar de corpos
Quadril que se encaixa
Serpenteando sobre a cintura
Concessão conivente
Com o néctar a escorrer....
Gritos e gemidos
Interrompem o silêncio e ecoa
Prazer
Exalar o copular
Pensei em parar,
Jamais!
Pode fulminá-la...
Nossos anseios são de morte 
Do moralismo tolo
Da hipocrisia vã
O nosso segredo da cumplicidade
Celebrando a vida   
Em nós é  um jardim de frescor
Oasis
Sem nenhum pudor   
E naquele jogo de espelhos
Dois corpos nus
Obra de arte 
Das mais deliciosas sensações!

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Pressa da Espera

Na sociedade ontem de tudo pode mudar
Basta 20 minutos talvez a esperar
Num relogio global frenético
Ávido por informação
Não tão preocupado com a fidelidade
O encontro da fêmea com seu macho
É pressa na espera
No aguardo da anunciação:
Chegou o dia!
Não será encontro de estranhos
Solidificada foi pela conversação
Avidez só por sexo?
Não não
A entrega dos corpos tem que ser mais
A leitura e liberdade dos instintos
Fundamental!
Virilidade
Selvagem
Uma dose de inesperado
Surpreendente
Uma dose excepcional!
A veneração da fêmea nua
Com seu rosto no chão
Aos pés
Olhando nos olhos do Dono
O início da entrega
Inesquecível,
Mas porque ter pressa?
Quero o florir dos orgasmos intensos
A voracidade, eletricidade a percorrer o corpo
Sádico, cruel, eu?
Um pouco, porque não!

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Corpo com tato!

Como se minhas mãos não fossem duas
Por seu corpo sentir serem inúmeras
Pelas sensações que proliferam
Transformação
E seu corpo o meu universo!
Nos olhos flutuam outras luas
A pele permeia os meus versos
Escritos pelos sons
Das palmadas que deixam a impressão da mão
Do cinto a finalizar a pele
Das mordidas vorazes e selvagens
A inebria a mente
Fazendo da bunda o meu descanso
Dos seios meu delete
Em chupões que anunciam as marcas
O lobo voraz,
Já não mais o lord
Gentil e manso
Dualidade paradoxal
Aqui a Cadela se entrega
E se renderia, entregando a própria vida!
Que se espera, então,
Da fêmea e do macho
Senão o orgasmo profundo
Profano
Corpo com tato
Saciedade mútua sem pensar apenas em si?
Inegável a procuro do acasalar
E entre tuas coxas eu me encaixo
É o orgasmo, gozo, lá gemidos e uivos
O purgatório, inferno e céu
Imortalidade que podemos possuir!

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Curvas perigosas

Num dia frio
Nada como algo para aquecer
Velas de 7 dias para uma bela provocação.
Gotas de velas caem
Vagarosamente
Fazendo o frio da mente
Desaparecer.
Agora há um corpo quente
Acolhendo
Gota em gota
Absorvente
Em dor e calor,
Como quem se delicia
A mente a viajar
Delirar 
Num barco à deriva!
Nesse pequeno filete
Nascente de um rio calmo
Com o volume
Se transforma
Em águas caudalosas de curvas perigosas
Intempestivas
Fazendo de cada gota
Ebulição
Penetrar agora?
Resista o tempo que te apressa
Domine a si e a tenha
Numa outra dimensão!

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Olhar

Os olhos são janelas claras
Não seguem a razão
Entregam a emoção.
Basta a luz de ambos se encontrar
Que logo se desconcerta
Penetrante
Inquietante
O prazer desperta
Deslumbrante!
Já com flash
Seja de 4
Nua
Amarrada
Ou sob algemas
Ter minha femea
Sem nenhuma coberta,
Fascinante!
No fascínio do corpo
Me perco
Não em suas curvas
Mas em cada viela do desejo
Onde o prazer repousa!
Neste silencioso encontro
É pura perdição
Também razão
Da escrita com paixão
Nessa panaceia!
O olhar é diferente
Observa
Contempla
Esperando
A expressão da mútua criatividade
Um clamor silente:
Faça comigo o que desejar
Sei que vou gostar.
Uma renovação nos toma
O mundo se fecha
Apenas a bolha
Linda envolvente
Eterna adolescente
Com os hormônios em ebulição
De beleza incandescente!
Os corpos se entendem
Sensualidade latejando
Nossos corpos desejando.
Inteligência provocante
A libido reclama
Presença fascinante
No calor que se troca
Das e nas entranhas
No chuveiro,
Na cama,
Sofá,
No chão
Só importa saciar o tesão! 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mordidas da paixão!

Alguns diriam que quem faz é insano
Quem recebe e aprecia as marcas
Um profano
Não entendem o que é morder.
As marcas do caninos são troféus 
Olhar do desejo a ser possuída
A dor jamais esquecida 
Quando o dente as vezes rasga,
Fazendo os seios na boca crescer!
O bico da teta endurecida
Imponente
Para outros indecente
Convidando
Apetitoso
Num sugar, morder, marcar e cortar
Na cena tosca do Marques de Sade!
Todos os ambientes são apropriados
Um sofá sempre a convidar
No banho aquele bulinar  
Não há muros ou entremuros,
Apenas o que se vê é a fêmea
Agora se faz cadela,
Se deixando morder
Hipnotizada pela serpente do desejo
Ansiando a ferida em seu desvario
Da mordida na nuca a oferecer!
Com o passar dos dias
Os caninos se vão
Roxos se manifestam
Marcas da paixão devassa
Vergonha?
Não não ....

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Maratona de Prazer

Alguns privam orgasmos
Querem exercer controle e poder
Eu vou na contra - mão.
Como louros na fronte do vencedor
Quero os colher
Apreciar a sequência intensa
Numa maratona de prazer!
Aberta a disputa
Uma competição contra pudores
Observo as reações do corpo
Ao ser sugado
Inesperados orgasmos
Quando estou junto a garganta
Se insinua o sêmen
Enchendo a boca
Saciando a sede voraz
Que se ressente de qualquer sentido
No deleite a degustar
Até a última gota!
Tal maratona com certo toque de repulsa
Para algumas
Néctar para outras
Com uma gravata a apertar o pescoço
Um olhar sádico
Ou seria sábio
Quem poderá dizer, quem o saberá?
Para ampliar o calor do momento
Tapa na cara é carinho
Puxão nos cabelos é golpe fatal
Uma bela pitada
Um toque inesperado
Com sabor avassalador nos instintos.
Na imobilização consentida
Palmadas,
Chibata,
Chicote,
Cinto,
Cordas inúmeras vezes dobras
Tonalizar a bunda e quadril
Trazendo ondas no útero
Num tsunami febril!
Agora é esperar o momento final
Por todos obstáculos vencidos
Na doce espera do esperma
A suplicar, como vencida:
- Me fode, por favor!
Como nos movimentos do ginasta
Na fricção rítmica
Nada formal
Entre as mucosas rubras
Do pênis, da vulva,
Irresistivel os dedos não irem ao anal
Um pódio
Sem igual!

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Arquitetura da lascívia

Na arquitetura
Estruturas são formadas
Conceitos trabalhados
Cálculos construídos
Inovando sempre
Tentativa de enaltecer cores e matizes
Que encha os olhos de quem vê
De espanto e alegria.
Na arquitetura da lascívia
No rosto se começa
Tapas que a maioria condenaria
Um carinho
Que minha Cadela e puta
A deliciar!
Os lábios em beijos selvagens e loucos
A repousar uma mordaça
Gemidos a silenciar
Para ninguém do prédio acordar.
Num alicerce de confiança
Vendar os olhos é ato de entrega
Pilares de uma dominação
Ao mesmo tempo faz acelerar
Os batimentos como num rock
Pulsar a buceta
Já incitando na escadaria
Que leva o nirvana!
Assim com tamanha
Sincronia,
Convergência de prazer
Sentir em suas ancas
Com as marcas das palmadas
Os fios, asperos e duros dos pentelhos
É a expectativa de sentir o calor
Do mastro duro e liso.
Aprisionada por querer
Admirando o prazer
Quando o caralho pulsando
Quase numa perda da razão,
Certamente coisa de sem juízo
Orgasmos e gozo se unem
Atônitos numa mútua contemplação!

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Liturgia

Liturgia

Numa sociedade líquida
As virtudes se tornaram secundárias
Os valores dispensáveis
Forjando uma ditadura de princípios sociais
Multidão cega no raciocinar!
Em bdsm a liturgia inflexível
Uma contradição ao grito de liberdade
Na contração da anarquia
De viver o que aprecia
Que libertinos assumem por querer.
Meus olhos estão na filosofia
Uma libertação dos grilhões
Da imposição de outros
Da descoberta de que fiz de mim mesmo:
Sou dominador!
Não me venha com imposições
Regras sem sentido
Violações da minha essência
Contínua revolução
Ao qual estou sempre a brindar
Com uma taça de vinho:
Prazer e liberdade, saúde!
Não me diga que uma liturgia rígida
Quase militar
É o que há de dirigir
Porque no máximo vai nortear
Porque meu GPS está na rota da saciedade
Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!
Sei que a sociedade não dará ouvidos a nossa voz
Outros hão de me criticar
Meus olhos porém sempre hão de repousar
Em princípios e virtudes semeadas
Nutridas pela água limpa da inspiração
Com raízes intensas na mente e coração
De mãos dadas
Com o cuidado
Recebendo a merecida devoção
Não imposta ou requerida
Espontaneidade como a luz da vida
Reciprocidade inimaginável
De quem faz dos amantes uma entrega sem reservas.
Os jogos mentais,
Necessários para alguns
Prejudiciais para muitos,
Sejam no xadrez da cama
Onde orgasmo seja o xeque-mate
Onde a Rainha é posse do Rei
Num golpe fatal e irresistível!
E aos apressados e neófitos
Que imaginam que rasguei o SSC
Algo que jamais faria,
Mas tenha certeza
Que o RACK nao tem nada a devastar
O certo porém é:
Que a luz da evolução sempre há de pairar
Sobre os sábios que a si mesmos querem aperfeiçoar,
Que não se contentam com o raso
Cliches ou chavões
Se baseando no ouvir falar!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Instintos

Tê-la como minha fêmea
É o que manda meu instinto de macho
A razão acha esta idéia chula
Estranha na ditadura moral
Mas o que importa é o que eu acho.
Por isso
Acasalar contigo
Te aquecer no frio inverno
Deixando as gotas de velas percorrer seus seios
O néctar grosso em sua boca
Num inflamar
Infame
Onde meu desejo por ti espera
Possuir-te numa chama infernal.
Sob o controle dos instintos
Possuir-te por trás ou pela frente
Em pé, na parede ou deitados na cama
No banho, no sofá
Criatividade tamanha
Que loucuras passam em minha mente
Quando penso em acender sua chama!
Na órbita dos instintos não há trivialidade
Não me venha com cenas prontas
Porém uma tela sempre nova a colorir:  
Lingerie é para atiçar
Pitada de pimenta,
Os brinquedos espalhados pela suíte
Para inflamar a criatividade,
Fazer ferver onde o mesmo nunca é
O novo sempre se tem!
Neste território devasso
Não há convenções
A liberdade prevalece
Arrepios inacreditáveis
Êxtase incontáveis
Orgasmos inesquecíveis
Gozo viciante
Instintos puros e selvagens,
Sempre delirantes!

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Negacionistas

Muitas querem ter
Mas não tem coragem de se expor
Outros querem fazer
Mas qual reputação vou ter?
Anseiam orgasmos e gozo em igual
Na cama?
Na vida
Sem tesão para construir no viver!  
Negacionistas porque até imaginam
Palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas,
Porque assim se excitam.
Negacionistas
Rubor cobre o rosto
Somente ao imaginar
O gozo do prazer na lascívia
Flash na alma 
Indo além, buscando...
Aquele outro momento mais intenso
E te repito: por que haverias
Deixaria o brilho de Mercúrio me ler?
Interpretar o querer minha alma na cama?
Aquele desejo descomunal?
Negacionistas que rejeitam a tudo
A não ser a si mesmos,
Pensar como o meu
A cobiçar e criticar
Porque não sou eu!
Folgo com aqueles que vivem o que apreciam
Degusta até a última gota
O prazer sem convenções
Jubila-te na memória os coitos,
Para aqueles que não alcançaram
Fica a dica:
Tenta com o novo, de novo!

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Ponto de vista

Eu não tenho vergonha
De assumir meus desejos e prazeres
De dizer palavrões,
Usual chamar na cama impropérios:
Puta
Piranha
Vadia
Vagabunda
São elogios surreais!
Eu não tenho vergonha
De encher a fêmea de secreções
Preenchimento podem ser vaginais
E porque não também anais?
As mentiras usuais
Cinismo torpe
Que nos fodem sutilmente
Essas sim são imorais,
Essas sim são indecentes
Prisões mentais
Grilhões assim, jamais!
Hipócrita que não respeita
A visão do outro
Mas na mente as prática
Que acha que pode  modular o olhar
Fazendo assim a todos usarem   
Antolhos sociais!
Quero viver
Na cumplicidade e privacidade
O que sou: Dominador
Alpha
Algumas me chamariam de senhor!
Certamente sou reprovável a maioria dos mortais
E isso importa em quê?
Viver nessa opressão é prisão
Quase escravidão de outro ser  
Horrível como uma cartilha de caligrafia
Que tenta mudar os traços de quem sou,
Algo que incendiei!
Alguns diriam que sou anarquista 
Sexual subversivo
Rótulo que até ostentaria
Com orgulho de não ser de forma alguma:
O ridículo previsível,
Asfixiado por padrões tolos  
Algemado pelo pudor
Porque plenitude de liberdade
É meu ponto de vista
Respeito pela essência do meu ser!

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Submissa

Perfil o mais apreciado por dominantes
Num olhar feminista é repugnante
Desprezo sem igual, porque?
Se ajoelhar,
Beijar pés e mãos
Seria coisa de sem noção.
Desconhecem o prazer de pertencer
Alegria da devoção e reverência
Seria isso carência ou estupidez?
Nada além do prazer
Reconhecimento do cuidar
Do zelo do Dono,
Satisfação em demonstrar que tem coragem
Em pensar mais nele que em si!
No dicionário dela
Ela esquece da sua alma
Porque a outro confiou
Seus instintos nas mãos dele entregou
Se fazendo cadela
Sua puta, brinquedo de prazer!
Certamente alcança sentido assim
E a felicidade nas ondas de mar bravio repousar
As práticas quer atender
Para as almas se tornarem comunicáveis:
Por um olhar,
Combustão plena no tocar,
Erupção total no tonalizar da pele
Vendo seu corpo em sintonia
Numa compreensão sem palavras
Alcançando o nirvana, enfim!
Por isso o prazer em dizer:
Grata senhor por entender quem é!
Sim senhor flui,
Sem receio
No rochedo da segurança
Em ser quem é!
Assim a entrega sem reservas
No oceano da depravação
É música,
Turnê em constante avant-première
Frenesi e frio na barriga
A espera da cristalina devassidão!

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Intróito

Contemplo agora o leito vazio
Apenas as cordas para uma doce lembrança
Ficou o odor
Dos líquidos de ambos
E prevalece
Trescalando aroma em nós!
Flashes me fazem relembrar
Do teu corpo,
Repleto de mordidas
Suas ancas com um plug a embelezar
Um consolo em sua fenda
Doação sem restrição
Onde se dás ou se me tomas
No leite grosso a fluir em sua boca!
E recolhendo em mim,
As lembranças vamos colhendo,
Quase moendo
E o que de ti me vais doando.
Eu muito te agradeço
Ao te pegar
Ofegante, às vezes,
Aquele instante intenso:
Do gelo a percorrer seus seios
Extasiado ao contemplá-lo
Bicos duros a meus dentes convidar
Chupao que vai marcar
A pele e na alma!
Os atalhos em ti já encontrei
Este teu corpo que com fúria eu possuo
Corpo que eu mais desejava
Quanto mais o via
Liberto
Confiança total
Em revelar quem é:
A minha Cadela e puta!
Agora que o enigma foi decifrado
Dono de seus desejos e íntimo
Agora eu te diria
o que não soubeste
e nunca o saberias apontar:
Qual instante a entrega se consumou?
Seria possível analisar?
Porque quando teu corpo
Mais se entregava
Se excedendo na paixão e liberta da razão
Se excedendo em se mostrar
Com devoção,
Afeto absorvente
Cumplicidade premente
Difícil ou quase impossível não desejar
O tempo, será que poderíamos parar?
Na ausência e distância
Intróito
Silêncio jamais,
Na distância próximos
E quando juntos dentro um do outro.
Valor inestimável sempre será
Preço a ser pago
Em que ambos se envolveram
De múltiplas formas se entregaram,
Tanto paixão que queima
Agora dilacera alma
Porque os corpos se inscreveram
Um no outro, no viver em si!

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Switcher

 Seria uma bipolaridade?
Liberdade em excesso 
Diriam outros 
Mas a verdade é que bdsm
É liberdade.
Sem julgamentos 
Cada qual vivencia o prazer 
Na sua ótica 
Nos instintos interiores!
Um perfil com jogos de poder 
Realidade total 
Cumplicidade?
Ainda maior 
Respeito às diferenças 
Sem igual
Ser switcher pode ser vendaval:
De conflitos,
Emoções,
Sensações,
Os dois lados do chicote 
É algo para poucos 
Conjunção plena 
Dos que apreciam 
Dominar e servir
Tolerância ampla
De quem tem o poder 
Dominante 
Confiança oferecida 
Para a outro dominar 
Uma paixão 
Sem confusão de quem é 
Intensidade a desfrutar!

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Divergências

Em nossas brigas não voam objetos,
Nem há agressões corporais:
Mas o verbo é a flecha que nos perfura
Mesmo nos tempos e modos da censura.
Trocamos o costumeiro
Do pensar sacana
Por verborrágica insana
Violenta
Intransigente!
E, se alguém se sente em desvantagem,
Apela pra figuras de linguagem,
Composições de poder
Autoritarismo sem nexo
Misturando metáforas, pleonasmos,
Sem nenhuma batalha
Apenas imposição:
O Dono manda
A submissa baixa o olhar
Não há luta de titãs.
Seria isso o correto?
Saudável não é
Para onde foi arte de cuidar?
Proteger
E o respeitar sem ofender?
No amanhecer da vida
Meus olhos repousam na leveza
Porque ao nascer do sol
Até que já sem fala, de manhã,
Mais sedentos que famintos, como taças
Nos bebemos um ao outro, extasiados
De repente sem palavras, embrigados,
Pele leveza e maturidade
Nos lambemos em nossa cama de batalha,
Onde desejos e tesões explodem atômicos
Em delírios guturais, gozando afônicos.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Rima sedutora


Os medos
Se perdem
Nas delícias
De tua gruta.
Os meus dedos
Tecem seus cabelos
Nas carícias
Puxando de forma selvagem
E envolvendo teus receios.
Meu desejo firme
Como rocha
Espada rija
Ansiando invadir
Tua gruta.
E ainda por cima
A minha língua
Degusta o néctar a sorver
Orgasmos?
Ainda não,  muito a ter.....

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Viver

Gozemos a vida
Aproveitando melhor
Do territorio inexplorado
Seria fazendo amor?
Não, mas atingindo o nirvana!
Fundamental é viver
Assumindo quem é
Com personalidade
Libertando instintos
Desprezando o falatório puritano.
Assim a vida se enche de cor
Apego a breve luz da vida,
Um amor ao viver
Com a energia de fazer
Com que a noite não tenha fim.
Durante o dia quero é estar dentro
Beijar mil vezes, mais cem;
Colher seus sabores
Orgasmos como flores
Desfrutar de todos sabores!
Depois, quando tivermos ajuntado
Talvez muitos milhares,
Vamos embaralhá-los
E perdendo-lhes a conta
Para que nenhum invejoso,
Incapaz de contar beijos tantos,
Possa apenas apreciar alegria do olhar
Perceber a mente divagar
Ser corroído pela inveja
De nada ter e muito desejar.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Desejos

Nada como a mente criativa 
De encher de desejos o coração 
Anseios
Do meu corpo junto ao seu,
Vulcão que te aquece
Braços te envolvem com firmeza,
Segurança que te faz desvanecer
Mãos a percorrer sua pele macia,
Que se arrepia!
Línguas provando nossos sabores
Nos beijos selvagens
Meus dentes em sua nuca 
Seus cabelos presos aos meus dedos   
Na sua buceta molhada
Meu membro rijo a gotejar   
Nossos corpos se entregam ao prazer!
O neófito logo iria penetrar, gozar...
Apressados e precipitados 
Nada sabem da descoberta do corpo da fêmea.
Certamente é  o momento de...
Torturar nas palmadas que aquecem o traseiro
No chicote que inflama o libido
Onde o cinto atiça!
Basta olhar que o bico dos seios saltam
A espera do prendedor
Que no frio do aço e correntes
Potencializa o desejo
Quase a implorar
Num grito mudo:
Me faça tua, me possua!
Suavemente te penetro
Bem lentamente
Deslizando avanço toco seu íntimo
Um calafrio de tesão te percorre
Você geme com uma volúpia intensa
Não se sacia com a primeira dose
Orgasmos múltiplos
Quer o pleno!
Derramo meu leite num gozo
Num acelerar intenso e frenético
Um instante a saborear o momento
Rostos iluminados
Insaciáveis e eternizando o tempo!

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Gotas

Ler corpos, olhos e sensações
Um desafio sempre presente
Para um dominador experiente.
Explorar corpos
Para a ter a chave do deleite
As pernas abrir-se
Um delicioso convite!
E num abocanhar de ostras
O membro duro e rijo
A fêmea completamente solta
A se alimentar do néctar
De inigualável sabor e valor
Para a Cadela destemida!
Decifrar diálogos corporais
Que se revelam na pele
Gotas
Orvalho a fazer molhar
Nas entranhas 
Potencializado nos seios:
Os bicos prender com pregadores
Num varal de prazer e dor
Atiçando os instintos
Fazendo molhar e pulsar a fenda!
Assim...
Virar pelo avesso, ser o reverso do poema
Acender uma vela de múltiplas cores,
Gotas a degustar a mama
Bicos que clama
Alcançar o âmago,
Meu desejo, todo prazer!
Lutando contra mim mesmo
Tento sempre deter,
Enquanto puder,
Molhado e úmido
Feito mulher.
Assim as gotas vão tomando forma
Colorindo o seio nu
Uma obra de arte
O calor que na pele lambe
É o principal encarte
Impossível o desfrute do corpo
Não se ter!

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Brat

Perfil envolto a preconceitos
Rotulada de forma vil
Pelos apressados
Incautos
Neófitos na arte de dominar
Para outros é certeza de conflito
Porque jamais ganham no grito
Insensatos
Limitados na arte de cortejar!
Brat se doa com alma
Se entrega com plenitude
Sempre será inesquecível
Inigualável
Pela intensidade e prazer!
Mas não venha com ordens sem sentido
Imposições sem convencimento
Argumentos com eco autoritário
Que a rebelião se revela
Indisciplina em cumprir ordens
Se manifesta contundente!
Nem venha com faça que estou determinando
Ouvidos de mercador que terá
Porque a fêmea brat quer ser tomada pela mente
Pela voz suave e firme
Cativa pela força da inteligência
Amarrada pelo intelecto atraente
Pensamentos criativos.
Porque somente assim
Há de oferecer
Seu corpo como brinquedo de prazer
Orgasmos sem nada deter
Gozo na plenitude do ser!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Entrega

Não ter vergonha
De verbalizar
Fluírem palavrões,
Palavras chulas
Elogio a instigar instintos 
Reprovado por padrões. 
De não conter
As secreções quase a pingar
Odores
Sabores  
Vaginais ou anais.
As mentiras usuais
Que nos fodem sutilmente
Essas são imorais,
Indecentes
Enganadoras
Numa sociedade incrédula
A buscar e inquerindo:
Prazer seria uma fábula?
Geração de vibrador e prazer solitário?  
Ficar na imaginação
É puro engano  
Apenas contos de fadas
Virtual 
Uma matrix surreal.
Os sentidos precisam ser explorados   
No olhar do prazer
E imaginação viajar   
Onde a chapéuzinho é deliciosamente fodida
Cavalga no membro rijo
E a branca de neve devorada 
Como uma deliciosa maçã!
Uma entrega ampla
Inflamada 
Combustível armazenado 
Para a entrega
De alma e de corpos
Por admiração e paixão em ser
Pertencer
Aquele que a cativou!

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Fêmea

Ao logo do tempo
No ápice da maturidade
Surge aquela hora fugaz,
Das cores efêmeras,
Da libertação da fêmea
Seria isso uma blasfêmia?
É aquele seleto instante
Hora de rasgar a castidade,
Roçar a nudez proibida,
Do cair das máscaras.
Assim uma luta interior
Incompreensões
Comentários torpes a essência.
Anseia encontrar o macho
Quando ocorre,
Ela se volta sedenta:
Abrir seu cárcere,
O aprisionamento findou!
E, sem pudor ou temor
Se render
As carícias imaginadas
Torpes,
Obscenas
E nesse momento
Se tornam plenas!
E não me falem da tirania do corpo
De curvas perfeitas
Porque a fêmea quer a segurança
De quem a aprecie
Como um marchand
A cobiçar adquirir a Monalisa
Seduzido aos olhos
Como uma deusa grega!

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Arte Final

Não basta arrombo autoritário
Para que seja reconhecido Dom
Nem a visão machista tola
Que numa expressão se revela:
Faça que estou mandando!
Incautos
O corpo só se dobra fruto de admiração
A alma só se entrega com devoção
Paixão sem igual
Por quem a mente foi seduzida
E cativa levada ao nível excelente!
Alguns diriam que é ...
Um grande amor dos artistas,
Pelas cenas de cada prática
Mas quando sendo metódicas
Se tornam em fel da monotonia.
Assim não se enganem
A criatividade é o mais belo
Que realmente envolve a gente,
Nesse delírio de amantes
Onde o maior é silente:
Um observador que se esmera
Que se aplica a escrever com o corpo
Ler as minúcias 
Enxergar o que ninguém viu
Ouvir a sensibilidade de cada ponto
Trazendo plenitude
Ao que o corpo deseja e sente.
Assim não confunda
Uma coisa é a letra,
E outra o ato,
Quem toma uma por outra
Confunde e mente
E distorce o bdsm, que é arte final!

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Grito

Calunio seu corpo
Ao longo de gestos
Expressões
Interjeições sem medida
Porque os sons,
A palavra exata
Não há como relatar o sexo.
Liberta dos grilhões hipócritas
Dos que em riste apontam
Se escandalizariam quando
Ao ouvido
Soletrando em sussurros:
És minha puta!
Angustiosamente erótica
Sempre disposta
Ao abrir das coxas
Vulnerável seu jardim regado
Molhado
E ao penetrar - te
Engole a vara dura
Com volúpia
O rosto é oferecido a tapas,
Violência?
Puro carinho que ao nirvana já escancara! 
A reafirmar com o corpo
Com os calafrios
Os bicos dos seios endurecidos
A clamar mordidas, sugadas
Voraz,
Prendedor a ornar
Num momento inesquecível
E brota  as palavras de pura inocência:
Toma sua puta!
Gritos são impossíveis conter 
Uivos, incontroláveis
A escorrer ou jorrando 
Queimando o seu ventre!
E pode gritar  
Sem medo de errar 
Que és a minha
Adorável e deliciosa
Puta!

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Tribunal

Os apressados de plantão
Moralistas com o certo do julgar
Tribunal de condenação
Assentados os que encontraram
O prazer voraz
Selvagem
Uma forma de possuir com toda força
Saciar anseios
Desejos
Estar entregue com toda confiança
Àquele que domina!
Algumas palavras seriam de
Ultrajes
Violações verbais
Ao rosto destinado
Beijos e tapas
Violações consensuais
Nada forçadas
Humilhações plenamente consentidas!
Diriam os hipócritas sociais
Que tais coisas são delírio,
Pesadelo,
Somos nosso estranho prazer
Que suscita a dor para satisfazer
Perversão à moral que nos julga,
Preterindo à hipocrisia que nos cerca
A predileção
Peculiaridade que nos excita
Rumo ao indelével deleite!

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Vergonha despida

Tirar a roupa
Sem as algemas da vergonha
Da insegurança do corpo
Um desafio!
De joelhos,
Obstáculo maior ainda,
Sentir o caralho duro
Enchendo de prazer a boca
Deixando-me louca de tesão
Engolindo com sofreguidão...
Virar de costas
Ficar de quatro
E oferecer-me por inteiro
Pedindo sorrateira
A tua entrada no meu traseiro!
Porém prenúncio:
De palmadas viris
Chicote a lamber os quadris,
Chibata só para atiçar,
Cinto para marcar!
E assim
Pronta para ser comida
O abrir de pernas
Irresistível
O membro rijo sacaneando
Sentindo a vagina quente
Cheia de vontade
Molhada
Sensação de puta
Pronta para ser abusada
Penetrada
Tonta de tesão e dor.
Ao sentir as mãos envolventes
Gritando como uma maluca
Acordando os incrédulos
Com o prazer doidivanas,
Que provocas
Quando entro ereto
Com os uivos de enlouquecer!
Diriam que seria uma cena obscena
Ser a tua pequena
Ser a tua tarada
Sempre pronta com a vergonha despida....

segunda-feira, 7 de junho de 2021

A pausa

O que fazer entre um orgasmo e outro,
Aquela pausa que o corpo apenas silencia
Um intervalo que se abre no corpo?
As perguntas povoam a mente:
Onde estou, quando não estou no teu gozo incluído?
Sou todo exílio?
Vejo sua sede voraz
Que imperfeita forma de ser é essa?
Saudade que corta
Quando de ti apartado!
Inigualável são os sentidos
Jamais neutra forma o tocar:
Mãos a deslizar, apertar
Os seios, bunda, coxas
E o sopro da vida está na junção de bocas?
Contemplando a cama
Com cordas, chibata e chicote
Devaneios entre plugs e consolos
Olhando a cama
Alcova em ebulição
Onde sons e silêncio
Dor e prazer,
Prazer na dor,
A pausa já se revela 
Convidando com toda pompa e circunstância 
Aquele orgasmo que não vem de um boto,
Mas do calor vulcânico em ser
Do Dono
Cuidado intenso
A posse,
Honra e prazer!

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Sedução e Dor

Nada como aquecer o corpo
Com palmadas nada gentis
O cinto
Como línguas
Que arde
Encanta
Clama
Aflora de maneira insana!
Nada haverá de impedir
Que um chicote
Como de fogo
Brasa incandescente
Deslize sobre esse corpo
Induzindo à jogar esse jogo.
Indefesa por querer
Imobilizada por prazer  
Com uma mordaça a embelezar a boca
Entorpece os sentidos,
Abafa os gemidos
Até provocar o gozo!
Que poder é esse?
Sedução sem fim em sussurros
É  a sensação que sempre deixo,
Quando me abraça?
Não!
Na dor que abrasa
Ao encontro dos olhos
Arrepia a pele,
Em choques térmicos,
Rendição pacífica aos desejos psicodélicos.
O alpha, dominador e Dono
Excita e choca
Com sua ousadia,
Mais sempre mais e mais,
Entregue aos devaneios
Sentindo a mordida torpe
No corpo nu
Nada mais importa.
Abertas estão as portas,
Da dominação total
Porque ali está o Dono, macho viril
E sua posse
Cadela e fêmea de seu canil!

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Louco Desejo

Buscamos em nossos corpos
Sem meias palavras
O desejo louco,
Do macho, que logo declara:
Não sou santo!
Mas a ti abro meu manto
Para se curvar
Beijando meus pés
Minhas mãos
Meus dedos a degustar!
Não terei pressa
Para deitar meu corpo em teu leito,
Te causo espanto?
Desalento?
Para o neófito,
Cadela apressada e afoita
A superficialidade pueril.
Nudes?
Quero receber gemidos
Gritos
Mesmo distante
Meu legado em seu leito
Acelerando seu peito!
Quero em teu corpo
Fazer moradia como febre em estadia,
Lânguida, na sua pele com teus delírios
Ao deitar
Acordar
Ansiando ouvir a voz
O belo agrado matinal
No pulsante seio
Que a brisa gélida faz excitar!
Sou teu pecado
Submissa debaixo de condenação
Vive para me servir!
Aos olhos da sociedade condenável,
Não mais a mulher ternura,
Mas a puta e vadia de degustação!
Na cama a alegria
Está em ceder às vontades,
Ordens,
Condução,
E como tua melhor criatura
Cadela do Dono acatando
E se é pecado, pecai
Muito, por um prazer sem nenhuma candura!

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Submissa/Cadela

Na cama diriam que és ordinária,
Na vida requintada
Tímida às vezes
Segura de si quase sempre!
Na caverna do prazer
As palavras chulas não te intimidam:
Grita
Gemi
Delira
Quase rasga os lençóis
Pela inquietação do ventre
Que não para, só aumenta
Até a sua entrega!
Rompe com as almofadas
Do moralismo
O macio da acomodação 
E assim flui
O carnaval da paixão:
Nas máscaras libertadoras
Lingeries sedutoras
Ansiado ouvir:
Bravo, bravissimo
Bella ragazza!

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Clamor do corpo

Siga as coordenadas do teu corpo
Ele sabe as tuas necessidades,
Prementes e urgentes
Atende quando ele grita: liberdade!
Segue teu corpo
Ele sabe das suas dúvidas e anseios
Aponta os caminhos da fome, do cio, da sede,
Se curve perante o corpo sábio,
Que te domina e extrai
Das raízes mais profundas,
Prazer que emanam do gênesis!
Nossos corpos não precisam
De fadas, de demiurgos, de paraísos, de infernos
Ao corpo da mulher, nenhum príncipe é necessário:
Só um macho que acredite no sêmem apenas a seiva,
Sendo entregue a fêmea dominada!
Confia no teu corpo,
Os atalhos ao ápice segredados
Crê no corpo como uma única ponte;
Que separa o enganoso do intenso
Do baunilha que apenas mostra o primeiro ato
De um sinfonia imensa
Que não sacia ou sustenta!
E tu não fiques triste
A remoer a utopia dos contos de fadas:
Eu vou te mostrar a beleza do corpo, o átrio, o pórtico, a nave, o chão, a abóbada!
Quero que escutes o silêncio de cristal do cio saciado,
Sêmen fluindo e semeando a mais fértil luz!
Assim deixarei que monte em meu corpo,
Saindo a galope, o corpo aberto cabelos ao vento,
E nesse balé de prazer,
Sincronizado
Os corpos na exaustão saciados!

Sintonia

Céu entra em erupção Sensações explodem somos estrelas cadentes Vivas Vibrações incontroláveis diriam indecentes Sintonia Diriam...